Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2022
A ameaça pessoal de Biden (E) a Putin (D) ocorre em meio à escalada de tensão no Leste Europeu
Foto: ReproduçãoO presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira (25) que considera impor sanções pessoais ao seu colega da Rússia, Vladimir Putin, se o país invadir a Ucrânia. Horas depois, o governo britânico disse que não descarta fazer o mesmo.
O governo russo respondeu à ameaça nesta quarta-feira (26), afirmando que qualquer medida contra Putin seria politicamente destrutiva, mas não dolorosa. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os políticos dos EUA que falam sobre possíveis sanções pessoais contra o presidente russo não têm conhecimento especializado suficiente sobre o assunto.
A rara ameaça pessoal ocorre em meio à escalada de tensão no Leste Europeu, com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) posicionando tropas, navios e caças na região, em resposta ao acúmulo de tropas russas e exercícios militares perto da sua fronteira com a Ucrânia.
A Rússia insiste que não planeja invadir a Ucrânia e diz que a crise na região está sendo impulsionada por ações da Otan e dos EUA. Putin vê a ex-república soviética como essencial na geopolítica da região e um “amortecedor” entre a Rússia e os países da Otan. E, por isso, exige que a organização garanta que a Ucrânia jamais fará parte do grupo.
A Otan é uma aliança político-militar dos EUA e do Canadá com países europeus que foi fundada em 1949, durante a Guerra Fria, para inibir o avanço da União Soviética na Europa e para proteger mutuamente os países-membros – pelo tratado, se um membro for atacado, os demais são obrigados a reagir.
Com o fim da União Soviética, a Otan passou a se expandir em direção ao Leste Europeu, quase dobrando de tamanho. Atualmente, a organização tem quase 30 Estados-membros.
Países que faziam parte da União Soviética, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, ou ex-aliados da Rússia no Pacto de Varsóvia, como a Polônia, hoje estão sob influência da Otan, o que a Rússia não aceita e considera uma ameaça.