Ícone do site Jornal O Sul

Joe Biden será o primeiro presidente em exercício dos Estados Unidos a visitar a Amazônia

Joe Biden visitará a Amazônia para dialogar com lideranças locais e indígenas sobre a preservação da floresta. (Foto: Reprodução)

Em uma visita histórica, Joe Biden se tornará o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a conhecer a Amazônia, segundo o governo do país norte-americano. O democrata chega a Manaus neste domingo (17), e deve visitar o Museu da Amazônia (Musa), localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Durante a passagem pelo Brasil, o atual presidente dos EUA também vai participar da Cúpula dos Líderes do G20, que será realizada no Rio de Janeiro.

A primeira visita de um presidente dos EUA à Amazônia ocorreu entre 1913 e 1914, quando o ex-presidente Theodore Roosevelt, após o fim do mandato, se uniu ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, em uma expedição científica pelo então “Rio da Dúvida” – que mais tarde foi renomeado para “Rio Roosevelt” em homenagem à jornada.

Outro ex-presidente americano, Bill Clinton, visitou Manaus em 2011 para o Fórum Mundial de Sustentabilidade, voltado a temas ambientais. Em 2018, o então vice-presidente dos EUA, Mike Pence, esteve em Manaus, visitando um abrigo para imigrantes venezuelanos na Zona Sul da cidade.

Agora, Joe Biden, atual presidente dos EUA, visitará a Amazônia para dialogar com lideranças locais e indígenas sobre a preservação da floresta, segundo a Casa Branca. Durante a passagem pela capital amazonense, Biden vai explorar o Musa, que será temporariamente fechado ao público para segurança e organização da comitiva presidencial. Biden encerra o mandato em janeiro, quando o republicano Donald Trump assumirá novamente a presidência após vencer as eleições de 2024.

Na semana passada, a Casa Branca confirmou que Joe Biden viria ao Brasil. Após o anúncio, aviões de carga norte-americanos desembarcaram em Manaus com recursos logísticos para apoiar a visita do atual presidente dos EUA.

“O presidente Biden viajará para Manaus e Rio de Janeiro de 17 a 19 de novembro”, disse em nota o governo dos EUA.

A embaixada americana informou, ainda, que a agenda do presidente Joe Biden está sendo finalizada. Na segunda de manhã (18), ele participará do evento de lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e da cerimônia de recepção dos líderes do G20.

Na terça-feira (19), o presidente norte-americano almoça com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem terá uma reunião bilateral. Os detalhes sobre o encontro dos dois líderes não foram divulgados. Ao fim, participa da sessão de encerramento do evento e volta para os Estados Unidos.

O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida para receber a Cúpula dos Líderes do G20, com os chefes de Estado, na segunda-feira (18) e na terça (19), e também a intensa programação paralela, a partir desta quinta (14): Cúpula do G20 Social, Urban 20 e Aliança Global Festival. São aguardadas 55 delegações de 40 países e de 15 organismos internacionais. Entre os confirmados estão os presidentes de Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

Os três eixos centrais de discussão do G20 são: inclusão social e combate à fome e à pobreza; transição energética e desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global.

G20 é a abreviação para “Grupo dos Vinte”, um “clube” de cooperação internacional, que discute iniciativas para promover melhorias econômicas, políticas e sociais nas nações que fazem parte dele. Esse “clube” negocia acordos ao longo do ano e os assina justamente no último dia da reunião de cúpula.

Ao todo, 19 nações fazem parte do grupo: África do Sul; Alemanha; Arábia Saudita; Argentina; Austrália; Brasil; Canadá; China; Coreia do Sul; Estados Unidos; França; Índia; Indonésia; Itália; Japão; México; Reino Unido; Rússia; Turquia; mais a União Africana e a União Europeia. A presidência do G20 é rotativa e muda a cada ano. O Brasil foi escolhido para chefiar em 2024 — e cabe ao país-líder organizar a cúpula e definir temas para discussão.

Sair da versão mobile