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Por Redação O Sul | 31 de maio de 2017
Michel Temer, Guido Mantega e Marta Suplicy estiveram com Joesley Batista na alegria e na tristeza. O trio foi à igreja Nossa Senhora do Brasil, uma das mais tradicionais de São Paulo, quando o empresário trocou alianças com a jornalista Ticiana Villas Boas, em 2012. Cinco anos depois, o dono da JBS não se esqueceu dos três convidados de seu casamento ao aderir ao acordo de colaboração premiada com o MPF (Ministério Público Federal).
A festa foi repleta de atrativos. Além de shows de artistas como a cantora Ivete Sangalo, os convidados receberam como brinde bolsas da grife francesa Chanel.
Se hoje os peemedebistas Temer e Marta e o petista Mantega integram a lista negra do empresário-delator, na época eles eram, respectivamente, vice-presidente da República e ministros da Cultura e da Fazenda do governo da então presidenta Dilma Rousseff quando participaram da cerimônia, ao lado de outros políticos graúdos.
Alguns deles também são alvo da Operação Lava-Jato: o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado Paulinho da Força (SD-SP) foram implicados por executivos da Odebrecht. Outro apareceu na delação de Wesley Batista, irmão de Joesley: o ex-senador e ex-petista Delcídio do Amaral, que foi preso e também virou delator.
Já a senadora Marta tem lugar cativo na vida do casal. Dois anos após o matrimônio, foi convidada para o chá-de-bebê do primeiro filho do casal, em Salvador (BA). Em 2015, por sua vez, recebeu-os em seu aniversário de 70 anos, às vésperas de trocar o PT pelo PMDB. O empresário a mencionara em seu depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República) como destinatária de mesada de 200 mil reais durante 15 meses e de 1 milhão de reais à campanha para o Senado em 2014, metade desse valor por meio de caixa 2.