Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de setembro de 2024
O astro americano de "Piratas do Caribe" mostrou seu novo filme em sua faceta por trás das câmeras.
Foto: DivulgaçãoAplaudido por seus seguidores, Johnny Depp aterrissou no Festival de San Sebastián, onde, nesta terça-feira (24), apresentou seu segundo longa-metragem como diretor, em um dia em que os destaques do cinema argentino criticaram os cortes do presidente Javier Milei. Depp, que se viu marginalizado por estúdios de Hollywood por seu midiático embate judicial com Amber Heard, que o acusou de violência conjugal, chegou na noite de segunda-feira à cidade basca, no Norte da Espanha, onde foi recebido por uma multidão na porta de seu hotel.
O astro americano de “Piratas do Caribe” mostrou nesta terça-feira seu novo filme em sua faceta por trás das câmeras, “Modi, three days on the wing of madness”, sobre o artista Amedeo Modigliani, em seção oficial, mas fora de competição. San Sebastián tem mantido uma histórica boa relação com Depp, inclusive nos anos de sua luta judicial com Heard, chegando a lhe conceder em 2021 o honorário Prêmio Donostia por sua carreira.
Depp voltou às telonas como o rei Luís XV em “Jeanne du Barry”, que, não sem controvérsia, abriu o Festival de Cinema de Cannes do ano passado, onde cem trabalhadores do cinema assinaram uma carta de repúdio a ele.
Seu longa-metragem se concentra em três dias na vida de Modigliani (interpretado pelo ator italiano Riccardo Scamarcio), quando ele era apenas mais um artista tentando ganhar a vida na Paris devastada pela guerra em 1931.
Perseguido pela polícia, ele quer fugir para sua cidade natal, Livorno, mas precisa esperar três dias para se encontrar com um famoso colecionador (interpretado por Al Pacino), enquanto compartilha farras com seus amigos pintores Maurice Utrillo e Chaim Soutine e sua musa, Beatrice Hastings.
Coletiva
A coletiva de imprensa inicialmente planejada para Depp com Riccardo Scamarcio e Antonia Desplat foi alterada para uma sessão de mesa redonda encurtada, com todos os jornalistas reunidos.
Marco Consoli, jornalista freelancer italiano, liderou um protesto, argumentando que essa configuração é inadequada para obter entrevistas de qualidade.
Segundo Consoli, o formato da mesa redonda não permite uma discussão aprofundada sobre o filme, pois muitas vezes os entrevistados começam a falar entre si, distraindo-se das perguntas principais.
Esse incidente não é isolado. Já durante o Festival de Veneza, cerca de 100 jornalistas assinaram uma carta aberta criticando a falta de acesso às estrelas de cinema.
Eles argumentam que essas restrições prejudicam o jornalismo cinematográfico e ameaçam seus meios de subsistência.