Jorginho Mello (PL) foi eleito governador de Santa Catarina. A informação foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)com 76% das urnas apuradas. Acompanhe o restante da apuração das urnas.
Ele venceu o segundo turno, disputado com Décio Lima (PT). Jorginho tem como vice a delegada Marilisa Boehm, do mesmo partido e concorreu pela primeira vez ao cargo.
Jorginho é senador da República e se licenciou do cargo para concorrer às eleições deste ano. É a primeira vez que o PL elege um governador em Santa Catarina.
Em 1º de janeiro tomará posse e receberá a faixa de Carlos Moisés (Republicanos), que disputou à reeleição, mas ficou em terceiro lugar no primeiro turno.
Trajetória política
Mello tem 66 anos e nasceu em Ibicaré, no Oeste. É pai de dois filhos. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, também do PL, participou de vários eventos ao lado do presidente durante a campanha.
Antes de ser eleito senador em 2018, foi deputado federal por dois mandatos e deputado estadual quatro vezes. Foi eleito vereador pela primeira vez aos 18 anos no município de Herval d’Oeste, também no Oeste do Estado. Atualmente é presidente do diretório estadual do PL em Santa Catarina.
É formado em direito e estudos sociais e foi gerente e diretor do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC) entre 1975 e 1994.
Campanha
A indicação de Jorginho para concorrer ao governo veio baseada na vinda de Bolsonaro para o partido. Em 2018, Santa Catarina deu uma das maiores votações do país para o atual presidente.
A aceitação a Bolsonaro se manteve, segundo as pesquisas eleitorais. Os números do Ipec (ex-Ibope), divulgados na véspera da eleição, mostrava o atual presidente com 67% da intenção de votos válidos.
A candidatura de Jorginho ao governo foi oficializada em 5 de agosto. Para concorrer se licenciou do cargo de senador, deixando a função para a suplente Ivete da Silveira, de 79 anos.
Ao longo da campanha, se apoiou na imagem do atual presidente, sendo o “candidato de Bolsonaro” em Santa Catarina, inclusive com apoio público nos programas eleitorais.
Na primeira pesquisa Ipec do primeiro turno, divulgada em 23 de agosto, Jorginho estava com 16% de intenção de voto e, desde então, só cresceu.
Na segunda, subiu para 20% e na pesquisa divulgada a 2 dias da eleição, estava com 29%. Nas urnas, em 2 de outubro, teve 38,61% dos votos válidos.
No segundo turno também se manteve bem à frente de Décio Lima nas pesquisas. Os dois levantamentos do Ipec mostraram Jorginho com 69% e 67%, respectivamente.
Jorginho e Décio levaram para o segundo turno a polarização nacional entre PL e PT, com ambos usando as imagens de Bolsonaro e Lula para se promover ou atacar o adversário.