Cheguei aos 44 anos, viva!!! Parabéns para mim!
Sim, sou uma pessoa verdadeiramente feliz em comemorar meu aniversário. Acho engraçado como as pessoas dizem que não gostam de celebrar o novo ciclo de suas vidas, mas não param para pensar que ou é isso, ou a morte.
Porque a verdade é que não estamos ficando mais jovens. Como se diz, usualmente, em inglês, “we are not getting any younger”. Isso significa que, a cada dia que passa estamos mais, estamos envelhecendo.
Mas e existe alternativa?
Claro que não! Ainda assim, porque temos essa dificuldade, essa trava em admitir que TODOS vamos envelhecer? Que essa existência é finita? Eu não compreendo: todos vamos morrer. Essa é a única verdade absoluta da qual temos certeza. Qual é o tabu que envolve esse tema? Qual é o tamanho do nosso medo?
Se eu tenho medo da morte? Claro que sim. E penso que muito tem a ver com a minha criação católica – mas será que as demais religiões são mais gentis com a nossa “passagem”?
Talvez o medo da morte seja o que faz da vida tão especial. Talvez seja a dúvida quanto ao dia de amanhã que nos faça valorizar o hoje.
E aí vem o que mais me intriga: se é tão óbvio, como, mas COMOOOO as pessoas simplesmente não lembram de aproveitar esse-momento-aqui-e-agora? Se é certa a morte, por que não lembramos, diariamente, da vida?
Daí porque celebrar os marcos da nossa caminhada é tão importante… Não deixa de ser um forma de sinalizar os passos que demos na estrada e os pontos que alcançamos na jornada. Isso é celebrar.
Eu curto cada abraço, cada palavra e cada presente. Acredito em cada voto de felicidade. E jamais farei diferente. Porque o simples fato de estar vivo é um milagre lindo o suficiente para se celebrar, diariamente. Que dirá quando fazemos desse milagre algo útil e emocionante para, enfim, chamarmos de VIDA?
Ali Klemt