Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de março de 2022
A coordenadora de Saúde Priscila Lima, de 32 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o diretor de Saúde Ranulfo Pereira, de Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, alegando que foi vítima de violência sexual. De acordo com ela, seu então superior à época a levou para uma sala, tirou a calça e disse que “eram regras da casa”, para que mantivessem relação sexual. O diretor nega os fatos, e alega que trata-se de uma armação política para prejudicá-lo.
Priscila afirma que foi trabalhar na cidade após a morte do ex-marido, que era médico e já trabalhou na região de Pedro de Toledo. “A minha vida desabou, tudo dele foi para inventário, e nossa pensão [dela e da filha] diminuiu muito”, diz.
A profissional afirma que, no meio de fevereiro, no período da tarde, foi chamada pelo diretor de Saúde da cidade para uma sala do pronto-socorro. Conforme relata, assim que entrou, ele trancou a porta, tirou a roupa de baixo e disse “essas são as regras da casa, estou te dando boas-vindas”.
“Eu, sem entender nada, cedi, e tive relações sexuais com ele, porque precisava do serviço. Estava em uma situação difícil, e tenho uma filha para criar, pensei que precisava sustentar minha família. E aí, ele disse que sempre que ele quisesse, faria um sinal com a cabeça, e eu saberia e teria que esperar ele naquele sala, porque era assim que funcionava ali”, afirma.
Ainda de acordo com Priscila, em janeiro, pouco antes de ser contratada, foi orientada a manter contato sobre o trabalho com o diretor de Saúde, por isso, mandou mensagens a ele perguntando da vaga. De acordo com ela, logo na primeira conversa, ele enviou um print de uma foto dela das redes sociais.
“Um dia, ele voltou de viagem e fez sinal com a cabeça [para ir na salinha], e eu fiz sinal dizendo que não iria. Então, ele saiu e voltou, me demitindo na frente de todos os funcionários, sem nenhuma justificativa. Até aí, tudo bem, eu já queria pedir demissão pela situação, mas ele também passou a prejudicar minha imagem com os outros funcionários, dizendo que eu não tinha a documentação certa para o cargo, e que minhas roupas eram indecentes”, diz Priscila. As informações são do portal de notícia G1.