Segunda-feira, 17 de março de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2016
O suspeito de ligação com o Estado Islâmico preso na Região Metropolitana de Curitiba foi transferido da Superintendência da Polícia Federal (PF) do Paraná para Brasília no fim da tarde desta quinta-feira (21). Levi Ribeiro Fernandes de Jesus tem 21 anos, é natural de Guarulhos (SP) e morava em Colombo há dois anos. Ele trabalha em uma rede de supermercados de Curitiba e não tinha passagens pela polícia.
Levi Ribeiro de Jesus chegou a ser apontado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moares, como o líder do grupo que exaltava o terrorismo. Para o juiz que autorizou a prisão dele, porém, Levi não tinha um papel proeminente em relação aos demais membros do grupo – 12 mandados de prisão foram expedidos, e dez pessoas foram presas.
“Tem pessoas mais ativas que percebemos que têm conhecimento maior da dinâmica desse tipo de organização e se manifestam mais claramente, e tem pessoas, digamos, menos incisivas (…) eu como juiz do caso não ousaria dizer que ele [o preso em Curitiba] era uma liderança proeminente”, disse o juiz Marcos Josegrei da Silva, titular da 14ª Vara Federal de Curitiba.
Exaltação ao terrorismo
O juiz afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) que a exaltação ao terrorismo foi uma das justificativas para expedir os mandados de prisão temporária contra suspeitos de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
“Há uma exaltação frequente a atos terroristas. Há afirmações de que as pessoas efetivamente integrariam organização terrorista. Há exaltação a atos terroristas acontecidos recentemente ao redor do mundo e afirmações do tipo que aquele ato é um ato nobre, um ato que deve ser parabenizado, que deve ser congratulado”, afirmou o juiz.
Marcos Josegrei também falou sobre as idades dos suspeitos. “São idades variadas, mas são pessoas em idade jovem, não muito mais velhas. Talvez varie dos 20 aos 40 anos”, afirmou o juiz. Ele disse que, apesar de nenhum deles ter aparentemente ascendência árabe, eles se comunicavam através de codinomes árabes em redes sociais e de mensagens. (AG)