Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2024
Thomas Matthew Crooks, o jovem que atirou contra Donald Trump, escreveu uma mensagem na internet que sugeria planos sinistros para o dia em que ele abriu fogo com um fuzil AR-15 no comício do ex-presidente em Butler (Pensilvânia), no último sábado (13/7). O republicano levou um tiro de raspão na orelha direita e um apoiador, de 50 anos, acabou morto no ataque.
“13 de julho será a minha estreia, assista ao desenrolar”, escreveu o atirador, que tinha 20 anos, no Steam, uma popular plataforma online onde os jogadores se comunicam entre si, de acordo com a Fox News.
A mensagem foi revelada aos senadores dos EUA durante uma reunião com as principais autoridades responsáveis da área de Segurança na quarta-feira (17).
Thomas Matthew também tinha imagens do candidato presidencial republicano, bem como do presidente Joe Biden, no seu celular, e pesquisou as datas da Convenção Nacional Democrata e do comício de Trump na Pensilvânia, contou reportagem no “NY Post”.
Investigadores federais estão explorando os celulares e o computador do atirador em busca de respostas para a tentativa de assassinato – mas ainda não identificaram o motivo por trás do ataque.
A investigação sobre o histórico de pesquisas do atirador não revelou em que lado do espectro político Thomas Matthew – um republicano registrado – estava, de acordo com a ABC News, que relatou a descoberta pela primeira vez.
O atirador, que foi abatido segundos depois de atirar contra o ex-presidente, tinha dois telefones celulares – um primário recuperado perto de seu corpo e um secundário, encontrado na sua casa e que tinha apenas 27 contatos, segundo a Fox.
Bullying na escola
Após o ataque contra Trump, no último sábado (13/7), a vida do autor dos disparos passou a ser incansavelmente vasculhada pela polícia e pela imprensa dos EUA. Thomas Matthew Crooks, que tinha 20 anos, foi retratado como um jovem solitário que sofria frequente bullying na Bethel Park High School, em Pittsburgh, onde se formou em 2022.
Thomas Matthew foi filmado há alguns anos, quando estava no ensino médio, sendo incomodado em sala de aula por outro aluno. O jovem está sendo à sua mesa enquanto um outro estudante, de quem só se vê um braço no vídeo, aparece puxando a bainha da calça de Thomas Matthew. Apesar de esboçar um sorriso, Thomas Matthew parece estar constrangido com a abordagem.
A pessoa parece estar tentando puxar Thomas Matthew para fora da cadeira. Fora do enquadramento, uma pessoa é ouvida dizendo “Pare” repetidas vezes. Outros presentes riem da cena.
Clube de tiro
No X (antigo Twitter), onde o vídeo começou a viralizar, muitos usuários não classificaram a cena como “bullying”, pois Thomas Matthew é visto com um sorriso tímido. Alguns chegaram a dizer que parecia que ele “estava se divertindo”.
A cena, porém, reforçaria os relatos que apontam que Thomas Matthew era “excluído” por colegas de sala e constantemente perseguido por outros alunos. O responsável pelo ataque no comício na Pensilvânia também havia sido rejeitado no clube de tiro da escola por ser um “péssimo atirador”, segundo um aluno.