Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2022
O ex-governador do Rio é acusado de liderar grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com empreiteiras
Foto: Agência BrasilA juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, determinou nesta segunda-feira (19), a expedição do alvará de soltura do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
O procedimento é a última pendência para o ex-governador deixar o presídio de Bangu. O STF (Supremo Tribunal Federal) revogou na semana passada a ordem de prisão preventiva que o mantinha na cadeia.
Cabral passará ao regime domiciliar. A juíza pediu que a defesa informe com urgência o endereço residencial onde ele pretende ficar.
A decisão também determina o uso de tornozeleira eletrônica. O aparelho deverá ser custeado pelo ex-governador.
“O acusado fica advertido dos termos e das condições impostas para o cumprimento pena em regime domiciliar, principalmente, que deverá permanecer recolhido em prisão domiciliar em período integral nos dias úteis, finais de semana e feriados”, destacou a juíza.
Réu em 35 ações penais
Sérgio Cabral foi denunciado em 35 processos decorrentes de investigações da Operação Lava-Jato, sendo 33 na Justiça Federal e dois na Justiça do Rio (estes junto com o ex-procurador-geral de Justiça Claudio Lopes).
O ex-governador já foi condenado em 23 ações penais na Justiça Federal, com penas que chegam a 425 anos e 20 dias de prisão. Mas decisões recentes do STF podem fazer com que algumas dessas condenações sejam modificadas ou anuladas.