Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 12 de agosto de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O mês que precedeu a Cúpula da Amazônia, realizada pelo presidente Lula (PT), esta semana, em Belém (PA), registrou a maior destruição da Amazônia em 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com a plataforma do Inpe TerraBrasilis foram 4.200 focos de queimada e/ou desmatamento no mês passado. Sozinho, o estado do Pará acumula 35,3% dos focos de destruição da região.
Ranking
O Pará do governador Hélder Barbalho (MDB) sediou a Cúpula da Amazônia, mas lidera em focos de destruição: 133 mil desde 2019.
Líder absoluto
No último Relatório Anual de Desmatamento (2022), o Pará tem quatro dos 10 municípios que mais desmataram a Amazônia.
Não faz sentido
Além da cúpula este mês, Lula anunciou o Pará como a sede da COP30, mais importante fórum das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.
Amigos do rei
Hélder Barbalho, aliado de Lula, conseguiu R$5 bilhões do BNDES para viabilizar o evento da ONU em Belém, em 2025.
Governador do Ceará é cobrado por onda de terror
O caos instaurado no Ceará chama atenção no cenário nacional, após três homicídios registrados na periferia de Fortaleza, que testemunha há uma semana um verdadeiro combate armado de facções criminosas. Para o vereador Pedro Matos (PL), o governador Elmano de Freitas (PT), que mais uma vez estava em Brasília durante a semana, precisa voltar ao estado e impor ordem contra a “onda de terror”. “É o momento de defender o povo cearense, que está sob ataque”, cobrou o vereador.
Avalanche
Além dos homicídios, ao menos quatro carros foram incendiados na região da capital cearense. Trocas de tiros têm sido frequentes.
Constituição ferida
Com escolas fechadas e transporte desviado, “o direito de ir e vir previsto em nossa Constituição não está sendo garantido”, protesta Matos.
Espelho federal
Nos primeiros quatro meses de governo, o petista Elmano já havia viajado mais de vinte vezes só a Brasília. Total de 30 dias fora do estado.
Queda ao lado
Não há compromisso na Câmara para manter no posto o relator original do Projeto da Censura, chamado por lulistas de “PL das Fake News”, o comunista Orlando Silva (SP). Cada fatia deve ganhar um novo relator.
Longa ponte
Quase toda Esplanada despencou para o Rio de Janeiro para lançar o “PAC 3”, sexta (11). E quase todos se surpreenderam com a presença de Dilma Rousseff, presidente do banco dos BRICS… com sede na China.
Custo da democracia
Segundo a proposta orçamentária do Tribunal Superior Eleitoral, as eleições municipais de 2024 vão custar cerca de R$11,8 bilhões, dos quais R$1,2 bilhão vão para o fundão eleitoral dos partidos.
Muito estranho
O professor Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), chama de enrolation a previsão de alíquota do ‘imposto único’ do governo: “Perdura a suspeita de que não havia estudos prévios”.
Caso de CPI
O estado de São Paulo vai na contramão do Ministério da Saúde e investiga a “hormonização” de crianças e adolescente em transição de gênero. Na Assembleia Legislativa tem até CPI para apurar o caso.
Espelho meu
Leitores sabiam há mais de um mês que Eduardo Braga (MDB-AM) estava garantido como relator da reforma tributária no Senado. Na última semana, o nome do parlamentar foi oficializado.
Dilma 3?
“O que faz mal ao Brasil é um Dilma 3, PACs megalomaníacos que quebraram o Brasil”, diz o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, após outra semana de banho-maria do novo marco fiscal no Congresso.
Resultado
A Operação Escudo, das polícias de São Paulo, já apresenta números animadores na luta contra o crime organizado: 264 presos, 43 armas fora de circulação e quase 750 quilos de drogas apreendidas até quinta (10).
Pensando bem…
…novo PAC soa como novo Chevette.
PODER SEM PUDOR
Nobre malvadeza
Os senadores discutiam, certa vez, o projeto de recriação da Sudene, na Comissão de Desenvolvimento Regional, quando o tucano Tasso Jereissati (CE) passou a palavra “ao senador Antônio Carlos de Magalhães”. Explicou que a preposição foi usada, no passado, para designar nobres, “e não há político mais nobre que ACM”, explicou. O velho babalaô falou e depois provocou risadas: “Agora devolvo a palavra ao senador Tasso de Jereissati…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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