Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2022
Juliana Paes interpreta Arlete no filme "Predestinado".
Foto: DivulgaçãoA mediunidade é um assunto que costuma intrigar tanto para o bem quanto para o mal, especialmente quando o que está em jogo são os tratamentos de cura espiritual. Se alguns veem esse contato com o mundo dos mortos com desconfiança, para outros ele significa esperança para questões que muitas vezes não podem ser resolvidas de forma convencional. Juliana Paes está neste segundo grupo.
“Creio na energia das egrégoras de luz, creio no poder do homem de manifestar o divino e na habilidade de nos conectarmos com o mundo espiritual que está a nossa volta… Não sou médium, minha espiritualidade está na intuição extremamente sensível”, esclarece a atriz. Ela voltou aos cinemas no filme “Predestinado’.
No longa, ela dá vida a Arlete, mulher e apoio do funcionário público Zé Arigó – personagem de Danton Mello – que entre os anos 1950 e 1970 realizou cirurgias espirituais por meio de poderes mediúnicos. Ele alegava incorporar o espírito do médico alemão Adolph Fritz, morto durante a Primeira Guerra Mundial (1914 -1918).
“Venho de uma família muito espiritualizada. Desde muito nova, já ouvia falar nessas grandes figuras do espiritismo, como o Zé Arigó e o Chico Xavier. Nas conversas entre os meus familiares, a forma como eles ajudavam o próximo sem pedir nada em troca, sempre foi um assunto recorrente. Apesar de ainda nem ter nascido quando o Arigó morreu, cresci admirando a fé dele. Por isso, foi com muita alegria e de braços abertos que recebi o convite para interpretar a Arlete”, pontua Juliana.
Trabalho e fé
A atriz recordou que estudou a fundo a história da personagem, pois queria entender de fato, quem foi Arlete. Ter participado da história deixou as emoções tão à flor da pele, que durante a coletiva de imprensa do longa, ocorrida em 22 de agosto, tanto Juliana quanto Danton foram às lágrimas ao falar sobre as gravações do filme.
“Tenho uma fé que posso chamar de universalista, pois acredito que cada religiosidade atende a diferentes demandas psíquicas e culturais”, disse Juliana.
Provando que realmente está alinhada com a história defendida no longa dirigido por Gustavo Fernandez, a atriz foi categórica ao afirmar que se submeteria, sim, a uma cirurgia espiritual, caso confiasse na verdade do médium que fizesse o procedimento.
“Por que não? Acredito que antes das doenças se manifestarem fisicamente, elas já estão presentes no campo etéreo. Muitas cirurgias espirituais são feitas nesse nível. Essa possivelmente seria minha escolha”, revela, explicando a forma particular como vive a própria espiritualidade.