Juliana Paes vai surgir exuberante como Jacutinga na releitura de “Renascer”, novela das nove que estreou nessa segunda-feira (22) na Globo. Interpretada agora pela atriz de 44 anos, a personagem já foi vivida por Fernanda Montenegro na primeira versão da trama, em 1993. Ela é a dona do bordel do vilarejo onde se passa a história. No folhetim, a mulher acolhe Maria Santa (Duda Santos) e compartilha suas experiências de vida com ela depois que a jovem é largada pelo pai na porta de sua casa.
Dona de si, a cafetina é quem dá o empurrão que faltava para o protagonista José Inocêncio (Humberto Carrão) se casar com Maria Santa. “Recebi esse convite com muita surpresa. Mas entendi que havia uma nova proposta para a personagem nessa releitura. Ela vai ter uma grande passagem de tempo, um arco dramático muito diferente da primeira versão”, conta Juliana.
Para Juliana, interpretar uma personagem que já foi feita por Fernanda Montenegro traz uma grande responsabilidade. “Comparações sempre vão existir e são pertinentes quando se trata de um remake. Inevitável. Mas o público pode esperar uma Jacutinga muito diferente. É óbvio que fico com medo. Chego para gravar com aquela insegurança. Mas ao mesmo tempo me sinto lisonjeada por ter sido chamada. O que já foi feito com perfeição não dá para tentar copiar. Seria um desrespeito. Eu reinvento a Jacutinga agora e, desta forma, homenageio o que já foi feito.”.
Figurino
Na primeira fase da novela, Jacutinga usa um figurino colorido e um cabelo volumoso. “Ela ocupa espaço. É uma dessas pessoas que têm um pacto com a vida e decidiu não ser mais uma vítima. Ela transformou suas dores em fogo para viver. Na segunda fase, vocês vão me ver com próteses no rosto para criar esse envelhecimento. O tempo marcou o rosto dela, mas Jacutinga mantém uma vaidade.”.
Na trama de Benedito Ruy Barbosa, Jacutinga deixava Ilhéus logo após a mudança de fase. No entanto, o roteirista Bruno Luperi decidiu prolongar a permanência da personagem, proporcionando à Juliana Paes uma oportunidade de explorar diferentes nuances de sua atuação. A mudança incluirá uma transformação visual notável, já que a atriz terá que envelhecer digitalmente para retratar a personagem em seus 70 anos.
Juliana afirma se entregar 100% para a caracterização: “Eu não imponho nenhuma barreira quando o assunto é o visual das minhas personagens. Gosto de estar desmontada, descabelada… Quando a gente se vê no espelho, a personagem já está posta ali. Tenho plena consciência de que com 44 anos não vou ter o mesmo tom de voz de uma mulher de 70, por exemplo, mas a caracterização já é metade do meu trabalho nesse projeto.”.