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Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial somaram 292,3% ao ano em janeiro – o maior patamar desde julho de 1994 (293,9% ao ano), ou seja, em quase 22 anos, segundo números divulgados nesta quarta-feira (24) pelo BC (Banco Central).
Os juros cobrados pelos bancos nesta linha de crédito tiveram aumento de 5,3 pontos percentuais no mês passado, pois somavam 287% ao ano em dezembro. Nos últimos doze meses, a alta foi de 83,3 pontos percentuais – estavam em 209% ao ano em janeiro de 2015. Segundo analistas, essa é uma das taxas de juros mais caras do mercado e só deve ser utilizada em momentos de emergência e por um prazo curto.
Cartão de crédito
Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela é considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo os números do BC, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações – a modalidade mais cara do mercado – somaram 439% ao ano em janeiro, o maior patamar da série histórica, que tem início em março de 2011. No mês passado, o aumento foi de 8,1 pontos percentuais e, nos últimos doze meses, foi de 104,9 pontos percentuais.
Junto com o cheque especial, os juros do cartão de crédito rotativo são os mais caros do mercado. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor, e que evitem também usar o cheque especial o máximo possível, apesar de a linha ser de fácil acesso (crédito pré-aprovado). (AG)