Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2022
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre recuou de 54,0% para 53,7% ao ano
Foto: DivulgaçãoApós a interrupção do ciclo de alta da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a taxa média de juros no crédito livre passou de 40,6% ao ano, em agosto, para 40,4% ao ano em setembro, informou ontem a instituição. Trata-se do primeiro recuo desde junho de 2021 nos empréstimos com recursos livres, ou seja, sem incluir as operações de financiamento à casa própria, ao setor rural e do BNDES.
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre recuou de 54,0% para 53,7% ao ano, enquanto para as pessoas jurídicas subiu de 22,7% para 22,9%. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa saltou de 128,4% ao ano para 134,6% ao ano de agosto para setembro. É a maior taxa desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).
No crédito pessoal, em sentido contrário, a taxa recuou de 41% para 40,2% ao ano.
Cheque especial
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros no cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).
Os dados divulgados ontem pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros diminuíram de 27,4% ao ano, em agosto, para 27,0% em setembro.
Custo do rotativo
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central. A taxa recuou de 399,6% para 388,7% ao ano. O rotativo do cartão, assim como o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldade. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro teve queda de 186,8% para 184,9% ao ano.