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Juros do cheque especial são os maiores desde 1995

Os cheques de até R$ 299,99 serão compensados em apenas um dia útil. (Foto: Itaci Batista/AE)

Os juros das principais modalidades de crédito bancário continuaram subindo em junho, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (30). A taxa média do cheque especial chegou a 241,3% ao ano. O resultado é o pior desde dezembro de 1995, quando foi de 242,23% ao ano.

A taxa média de juros no crédito rotativo alcançou 372% ao ano. No mesmo período do ano passado, a taxa para os clientes que não pagam a totalidade da fatura do cartão era de 308,3%. Entre todas as linhas de crédito bancário, o rotativo é a mais cara para o consumidor. Considerando todas as modalidades de crédito para pessoas físicas, a taxa média de juros em junho atingiu 58,6% ao ano, ante 57,3% em maio. É a maior média da série histórica do BC, iniciada em março de 2011.

A inadimplência do consumidor manteve-se estável em 5,4%. Já os atrasos de 15 a 90 dias, que funcionam como um indicador prévio do calote, avançaram 0,1% no mês, chegando a 5,5% do total de créditos contratados.

Operações de crédito

No mês passado, foram contratados 86,9 bilhões de reais em operações de crédito para pessoas físicas, queda de 1,2% em relação ao mês anterior. Já o estoque cresceu 0,7%. Considerando o total de crédito, houve crescimento de 0,6%. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque de crédito avançou de 54,4% para 54,5% entre maio e junho. O percentual permanece abaixo do registrado no final do ano passado (54,7%). O crédito livre cresce a uma taxa de 5% em 12 meses. Já as operações com juros e direcionamento controlados pelo governo, que incluem BNDES e crédito imobiliário, aumentaram 13% na mesma comparação.

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