A Justiça Federal no Paraná abriu a segunda ação penal contra o ex-deputado federal André Vargas decorrente da Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
O juiz federal Sergio Moro aceitou denúncia na qual o Ministério Público Federal acusou Vargas de lavar de dinheiro na compra de um imóvel de luxo em Londrina.
De acordo com a Procuradoria, Vargas, que era do PT do Paraná, comprou a casa em um condomínio de luxo em Londrina, mas registrou a operação por um valor menor do que o efetivamente pago ao vendedor do imóvel. Também são réus a mulher dele, Edilaira Soares, e o irmão do ex-deputado, Leon Vargas.
Segundo a denúncia, Edilaira assinou compromisso de compra da casa no valor de R$ 500 mil. No entanto, o vendedor do imóvel afirmou que ele foi vendido, na realidade, por R$ 980 mil. A diferença de R$ 480 mil foi paga “por fora”, segundo o Ministério Público Federal.
A Procuradoria afirma que a operação visou “lavar parte do dinheiro gerado pelos seus crimes e não despertar a atenção”.
Segundo o despacho no qual aceitou a denúncia, Moro afirmou que há provas documentais e orais contra os acusados. O magistrado destacou que o pagamento de parte do preço, segundo relato de testemunha, foi feito com um saco de dinheiro com R$ 95 mil, o que é pouco usual em transações desse tipo.
Vargas também é réu em ação criminal pela suposta prática de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva e organização criminosa resultante da Lava-Jato. (Folhapress)