Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2019
Na manhã desta quarta-feira (21), a Polícia Federal (PF) deflagrou a 63ª fase da Operação Lava Jato, chamada Carbonara Chimica, para investigar a suspeita de pagamentos periódicos indevidos a dois ex-Ministros de Estado por parte da Odebrecht. A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$555 milhões dos investigados. A Polícia Federal indicou que o nome da operação remete aos codinomes dos investigados na planilha da Odebrecht, “Italiano” e “Pós-Itália”. Os nomes referem-se aos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega.
A ação apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária contra Maurício Ferro, ex-executivo do grupo e cunhado de Marcelo Odebrecht, e Nilton Serson, advogado. A Polícia Federal informou que Maurício Ferro já foi preso. Cerca de 40 policiais federais participam da ação e cumprem ainda 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. As ordens foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná.
Segundo a PF, o pagamento da propina tinha como objetivo a aprovação de medidas provisórias que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento (Refis da Crise – MPs 470/2009 e 472/2009), entre outras coisas. Os valores eram contabilizados em uma planilha denominada “Programa Especial Italiano”. Ainda, segundo a PF, há indícios de que parte dos valores indevidos teriam sido entregues a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro.
Os presos serão levados para a sede da PF em São Paulo, e depois transferidos para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados.