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Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2019
O Tribunal de Apelação de Londres (Reino Unido) deu aval para uma ação contra o Google sobre alegações de que a empresa coletou dados de mais de 4 milhões de usuários do iPhone, revogando uma decisão em 2018. As informações são da agência de notícias Reuters.
Os reclamantes disseram que o Google acessou ilegalmente dados de navegação na internet de usuários do iPhone, contornando configurações de privacidade no navegador Safari entre junho de 2011 e fevereiro de 2012.
O Supremo Tribunal de Londres decidiu em outubro de 2018 que o suposto papel do Google na coleta, compilação e uso de dados do navegador era ilegal, mas que os reclamantes não sofreram prejuízo com isso, conforme especificado pela Lei de Proteção de Dados do Reino Unido.
James Oldnall, principal advogado do caso, disse que a decisão do Tribunal de Apelação “confirmou nossa opinião de que ações representativas são essenciais para responsabilizar os gigantes corporativos”.
Richard Lloyd, o queixoso representante da ação coletiva, disse que o julgamento desta quarta-feira “envia uma mensagem muito clara ao Google e outras grandes empresas de tecnologia: você não está acima da lei”.
“O Google pode ser responsabilizado neste país pelo uso indevido dos dados pessoais das pessoas, e grupos de consumidores podem pedir reparação judicial quando as empresas lucram ilegalmente com violações ‘repetidas e generalizadas’ de nossos direitos de proteção de dados”, acrescentou.
O Google disse que proteger a privacidade e a segurança de seus usuários sempre foi sua prioridade número um.
“Este caso refere-se a eventos que ocorreram há quase uma década e que resolvemos na época”, disse uma porta-voz. “Acreditamos que a ação não tem mérito e deve ser arquivada.”
Novos recursos de privacidade
O Google está lançando novos recursos de privacidade para o Maps, o YouTube e seus serviços de assistente de voz, com opções que incluem o modo anônimo e a exclusão automática de dados, disse a empresa nesta quarta-feira.
O Google correu para lançar uma série de recursos ligados à privacidade, com gigantes de tecnologia enfrentando a irritação global de usuários e de reguladores sobre como suas plataformas lidam com os dados pessoais.
O modo de navegação anônima no Google Maps deixará de salvar a atividade nas contas dos usuários, incluindo os locais que eles pesquisam, embora isso retire suas recomendações personalizadas.
O Google também lançou o Password Checkup, novo recurso que informa aos usuários se suas contas foram comprometidas ou se alguma das suas senhas é fraca.
A empresa disse que também ampliará sua opção de exclusão automática para o YouTube, permitindo que usuários definam um período após o qual seus dados do histórico de visualização serão apagados automaticamente.
Nas próximas semanas, o Google também lançará uma opção para excluir a atividade do assistente de voz por comando verbal: “Ok Google, exclua a última coisa que eu disse a você”.