O Tribunal Justiça do Estado de São Paulo entendeu que não houve tortura nem maus tratos no caso do homem carregado com as mãos e os pés amarrados por policiais militares na capital paulista.
O entendimento da juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, que consta em decisão proferida na audiência de custódia de 5 de junho, ocorreu com base nos elementos que foram apresentados à magistrada na ocasião, informou o tribunal.
Na audiência, a prisão em flagrante do rapaz foi convertida em prisão preventiva.
Conforme o órgão, a juíza não teve acesso às imagens que foram veiculadas e se espalharam pelas redes sociais.
“As imagens são assustadoras, são terríveis, remete a gente para uma cena de barbárie. Um cidadão sendo carregado, conduzido sob a custódia do estado, por policiais militares com os pés e as mãos amarrados nas costas, é um tipo de atitude, de procedimento que não se justifica de forma alguma”, disse o advogado criminal e diretor do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), Alexandre Daiuto Noal.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o homem com as mãos amarradas aos pés, de forma que não o permitia andar, sendo carregado por dois policiais militares.
Os agentes de polícia carregam o rapaz segurando pela corda e pela camiseta. Ainda amarrado, ele é colocado no porta malas de uma viatura. A situação ocorreu dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Na última quarta-feira (7), a Polícia Militar de São Paulo informou que afastou das atividades operacionais seis policiais que carregaram o homem amarrado.