A Justiça Eleitoral do Distrito Federal determinou a quebra do sigilo de dados de e-mail dos três brasileiros que são investigados por um ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Um hacker português também é suspeito de ter participado do ataque.
A quebra do sigilo atende a um pedido da PF (Polícia Federal) e se estende de janeiro a dezembro de 2020. A partir desse material, os investigadores querem estabelecer a relação dos brasileiros com o português.
No sábado (28), uma operação da PF e da polícia portuguesa prendeu em Portugal um hacker português, de 19 anos, que já estava há seis meses em prisão domiciliar no país europeu por outros crimes cibernéticos.
A conexão entre o português e os brasileiros foi estabelecida a partir de postagens na internet e troca de mensagens com agradecimentos que citavam um grupo do qual os hackers brasileiros fazem parte.
O português teria enviado um link do TSE para os brasileiros em um chat. Após análise, os brasileiros teriam identificado uma área a ser atacada. Os policiais identificaram sete conexões no dia 15 novembro, quando foi realizado o primeiro turno das eleições, e dez no dia 19. Para os investigadores, isso mostra que os supostos ataques não foram efetivados por apenas uma pessoa, mas sim por um grupo de hackers.
A PF e o TSE avaliam que a tentativa de ataques no primeiro turno foi responsável pela instabilidade nos serviços do e-Título, aplicativo utilizado para justificar a ausência na votação.
A partir do material apreendido, a PF vai tentar descobrir, por exemplo, se os hackers agiram por alguma motivação política.