Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2023
A Justiça determinou, na tarde dessa terça-feira (20), a soltura de Lívia Ramos de Souza, de 19 anos, presa no dia 5 durante operação da Polícia Civil contra um esquema de golpes de consórcio no Centro do Rio de Janeiro. Além dela, outros 13 jovens presos na mesma ocasião terão a prisão preventiva convertida em medidas cautelares. Ao todo, 18 pessoas foram presas em flagrante na ação.
A decisão é do desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal fluminense. No documento, ele determina que os jovens não prestem serviços a empresas “que tenham o mesmo objeto daquela que deu origem ao auto de prisão em flagrante”. Além disso, terão que comparecer ao juízo em até cinco dias, para informar onde poderão ser encontrados para os atos judiciais necessários.
Emocionada, a mãe de Lívia, Cristiane Pinto Ramos, de 51 anos, comemorou a determinação da Justiça. Após 15 dias sem qualquer contato com a jovem, ela estava ansiosa pelo momento em que Lívia deixaria o presídio.
“Aquilo não é lugar para minha filha, que é inocente. Não criei minha filha para estar naquele lugar. Agora, eu não tenho palavras. Estou transbordando de alegria, já agradeci muito a Deus. Estou muito contente de ver minha filha livre, fora daquele lugar horrível e do lado da família dela. É tanta alegria, que tive até que tomar medicação para controlar minha pressão. A luta foi muito grande daqui fora”, disse, em meio a lágrimas. Cristiane é trabalha como auxiliar de serviços gerais.
Caso
A família de Lívia afirma que a jovem estava no escritório da empresa Icon Investimentos, apontada como alvo da ação, para realizar uma entrevista de emprego. Ela foi ao local pela primeira vez naquele dia e participava de um treinamento.
Segundo sua família, a jovem teria sido detida por engano. Junto a ela, outros 17 jovens com idades entre 18 e 30 anos foram presos por suspeita de participação no esquema. Desde o dia da prisão, a auxiliar de serviços gerais Cristiane Pinto Ramos, de 51 anos, mãe da jovem, diz que não consegue entrar em contato com a filha.
Segundo Cristiane, a filha estava em busca de emprego após o término de um contrato como jovem aprendiz, e viu na empresa Icon Investimentos uma oportunidade de se inserir no mercado de trabalho para ter a carteira assinada. Ela seria admitida para vender consórcios e teria comissão sobre as vendas que efetuasse.
“Ela viu a vaga na internet, no site Infojobs. Chegando lá, já colocaram ela para fazer treinamento no computador. Não assinou nada, não chegou a fazer venda e não teve movimento de dinheiro entrando na conta dela, só estava treinando. Eu estava no trabalho, e quando foi 20 horas ela me ligou desesperada dizendo que estava presa”, explica.