Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2015
A Justiça do RS determinou na segunda-feira o bloqueio dos bens do deputado Diógenes Basegio (PDT) e de cinco ex-assessores. Entre eles o ex-chefe de gabinete do parlamentar Neuromar Gatto, autor das denúncias que levaram à investigação do parlamentar. O valor bloqueado alcança os 7,5 milhões de reais.
Outras duas pessoas apontadas como funcionárias fantasmas também foram atingidas pela medida. A decisão foi tomada no escopo do processo por improbidade administrativa contra o parlamentar. Basegio foi denunciado pelo Ministério Público por supostamente exigir parte do salário de servidores de seu gabinete na Assembleia Legislativa. Também pesa contra ele a acusação de ter contratado funcionários fantasmas e fraudado gastos com diárias e combustíveis.
A denúncia foi veiculada em junho deste ano, em reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, com uma entrevista de Gatto. De acordo com o depoimento do ex-chefe de gabinete, assessores de Basegio desviaram diárias de viagens e adulteraram os medidores de quilometragem dos carros do gabinete para aumentar a verba indenizatória relativa ao uso de combustível.
Além de responder aos processo na Justiça, o deputado enfrenta processo na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, onde foi aprovado um parecer que pede sua cassação por quebra de decoro parlamentar.
O processo deve ser analisado nesta terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça do Legislativo do RS. Caso seja aprovado, vai a votação no plenário. Se for aprovado nas duas etapas, Basegio poderá se tornar o primeiro deputado a ser cassado na história da Assembleia Legislativa.