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Política Justiça Federal determina a retenção do passaporte do bilionário Carlos Wizard

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Wizard deixou de prestar depoimento, marcado para o último 17, sem motivo justificado. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A Justiça Federal em Campinas (SP) autorizou na tarde desta sexta-feira (18) a retenção do passaporte do empresário Carlos Wizard, que deveria depor à CPI da Covid na última quinta-feira (17), mas não compareceu ao Senado Federal. A entrega deve ser feita assim que ele voltar ao Brasil.

A decisão foi da 1ª Vara Federal de Campinas, após a Polícia Federal (PF) fazer buscas na casa e no escritório do empresário e não encontrá-lo.

“Após as informações da Delegacia de Policia Federal em Campinas, verificou-se que o Senhor Carlos Wizard encontra-se fora do Brasil. Assim, em acatamento à segunda parte da ordem, determino à Polícia Federal que cumpra o último parágrafo do ofício 1560/2021 CPI PANDEMIA, ou seja, proceda a retenção do passaporte de CARLOS ROBERTO WIZARD MARTINS imediatamente após o seu ingresso em território nacional”, afirmou o juiz federal.

Em consulta no sistema de migrações, a PF diz ter confirmado a informação de que Wizard saiu do país em 30 de março.

Wizard é apontado como um dos supostos integrantes do “gabinete paralelo” que aconselhava Jair Bolsonaro a defender medidas ineficazes no combate à pandemia. O empresário chegou a pedir para ser ouvido de forma remota, mas a CPI rejeitou essa possibilidade.

Nesta sexta, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), transformou em investigados Wizard e outras 13 pessoas.

Conselhos

Carlos Wizard entrou no radar da CPI após ser citado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que confirmou em seu depoimento ter sido aconselhado pelo empresário e que chegou a oferecer um cargo a ele na sua pasta.

Wizard já teria declarado em uma entrevista à TV Brasil ter passado um mês em Brasília em 2020 como conselheiro do então ministro e sido convidado por ele para assumir uma secretaria.

O empresário preferiu não aceitar o cargo para seguir atuando de forma independente junto ao governo federal, que tinha um conselho paralelo ao Ministério da Saúde sobre as ações de combate à pandemia, segundo o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).

Em seu depoimento à CPI, Pazuello afirmou que foi ele quem convidou Wizard a contribuir. Os dois se conheceram em 2018, durante a operação realizada em Boa Vista, em Roraima, para receber o grande número de imigrantes venezuelanos que chegavam ao Brasil fugindo da crise em seu país.

Pazuello coordenou estes esforços em Roraima. Wizard e sua mulher, que são mórmons, atuaram por dois anos em atividades sociais para acolher os venezuelanos no Estado. O empresário e o ex-ministro se tornaram amigos por causa disso.

“Quando fui chamado pra cá, o puxei, e pedi ajuda por ele ser um grande link entre o Ministério da Saúde e a compreensão da parte social, do público”, disse Pazuello na CPI.

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https://www.osul.com.br/justica-federal-determina-a-retencao-do-passaporte-do-bilionario-carlos-wizard/ Justiça Federal determina a retenção do passaporte do bilionário Carlos Wizard 2021-06-18
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