Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2022
Artista de 72 anos foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento de imagens de sexo envolvendo crianças.
Foto: Reprodução de TVA desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Vara Criminal, ordenou que o ator José Dumont, de 72 anos, fosse solto e monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele foi preso em flagrante, em setembro, pelo crime de armazenamento de imagens de sexo envolvendo crianças, por policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, no Rio.
Dumont, conhecido por trabalhos como Os Tempos do Imperador, Amazônia e Grande Sertão: Veredas, entre dezenas de outros, estava preso atualmente na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Em sua decisão, na terça-feira (11), a juíza Cavalieiri escreveu que “por unanimidade, concederam parcialmente a ordem, para relaxar a prisão do paciente, determinando-se a imediata expedição de alvará de soltura, mas com imposição substitutiva de cautelares alternativas, nos termos do voto do relator”.
Segundo a polícia, foram encontrados 240 arquivos de imagens e vídeos de pornografia infantil no computador e um celular do ator, que foram apreendidos pela polícia na operação do dia 15 de setembro – um dos vídeos teria sido feito por Dumont. Também teria sido encontrado um comprovante de depósito bancário para uma suposta vítima de abuso sexual. O ator teria se aproveitado de sua fama para se aproximar de forma predatória de um menino de 12 anos.
Dumont nega que tenha comprado ou vendido material com pornografia infantil e reafirmou, em seu depoimento à polícia, que apenas armazenava as imagens para “consultas e estudos”.
Padrinho
Em pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio, feito no dia 16 de setembro, a defesa do ator José Dumont alegava que o cliente se considera padrinho de uma criança de 12 anos da qual é acusada de abusar. No documento, os advogados alegavam que o cliente conhece os pais do menino há mais de um ano, razão pela qual passou ajudar a família com presentes, roupas e dinheiro.
O pedido de habeas corpus, os advogados afirmavam que o garoto acompanhava Dumont de forma usual até a portaria de seu prédio e que ambos se despediam com beijo e abraço, tudo à vista de todos, e sem qualquer conotação sexual.