Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2018
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, elogiou, nesta quinta-feira (31), a política do presidente da Rússia, Vladimir Putin, “para resistir à hegemonia dos Estados Unidos”, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, o convidou para visitar o Kremlin.
“Eu aprecio muito que o presidente Putin resista à hegemonia dos Estados Unidos. Os senhores atuam com decisão e nós estamos prontos para trocar opiniões com Moscou com relação à situação na península coreana”, disse Kim, no início de sua reunião, em Pyongyang, com o chanceler russo.
Lavrov, por sua parte, o convidou para visitar a Rússia, segundo mostra vídeo publicado no canal do Youtube do Ministério das Relações Exteriores russo. “Venha o senhor para a Rússia, ficaremos felizes em vê-lo”, afirmou Lavrov.
O líder norte-coreano destacou a importância da primeira reunião com o chanceler russo, mas espera que o encontro sirva para estreitar ainda mais os laços entre Moscou e Pyongyang.
“O senhor está visitando nosso país em um momento muito significativo, quando a situação na península coreana está mudando radicalmente e se dirige para negociações alinhadas com os interesses dos povos” das duas Coreias, disse Kim a Lavrov, referindo-se às conversas que ele está tendo com seu homólogo sul-coreano.
Camarada Putin
Kim também se interessou pela saúde do presidente da Rússia, Vladimir Putin. “Como está de saúde o camarada Putin?”, perguntou o líder norte-coreano, ao que Lavrov respondeu: “sua saúde é magnífica”.
O chefe da diplomacia russa também manifestou a Kim o interesse da Rússia em “paz, estabilidade e bem-estar” na península coreana e toda a região e “uma cordial saudação” do chefe do Kremlin.
Desarmamento
Segundo o jornal sul-coreano “The Chosun Ilbo”, os representantes da Coreia do Norte deram a entender que já foram tomadas diversas medidas no sentido da desnuclearização, em particular, a destruição do polígono nuclear de Punggye-ri. A Coreia do Norte pretende continuar nessa direção até completar o desarmamento nuclear.
Se a reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e Kim Yo-jong, vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, for bem-sucedida, os líderes dos dois países assinarão um acordo sobre o desarmamento nuclear da Coreia da Norte, a retirada das sanções e o estabelecimento de relações diplomáticas, informou uma das fontes à mídia.
Ao mesmo tempo, Washington apresenta condições de reciprocidade. “Os EUA exigiram os primeiros passos para que a Coreia do Norte não possa voltar atrás quanto a suas intenções de completar a desnuclearização. Por exemplo, remover as armas nucleares parcialmente”, comentou outra fonte anônima ao jornal.
Ele acrescentou que, em contrapartida, Pyongyang insiste que Washington termine com a implantação de seus meios estratégicos na península, referindo-se aos exercícios militares conjuntos Ulchi-Freedom Guardian entre os EUA e a Coreia do Sul, marcados para agosto.