Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2020
Vacina é baseada em peptídeos e foi projetada para disparar resposta celular
Foto: DivulgaçãoO laboratório Dasa (Diagnósticos da América) anunciou, nesta quarta-feira (09), um acordo para conduzir no Brasil estudos das fases clínicas 2 e 3 de uma candidata a vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Covaxx, uma unidade da United Biomedical, empresa internacional com sedes nos EUA, China e Taiwan.
O cofundador da Covaxx, Peter Diamedes, afirmou, em entrevista coletiva realizada pela internet, que a vacina baseada em peptídeos está na fase 1 de testes em Taiwan. O diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, disse que um protocolo de testes será submetido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro.
O estudo das fases 2 e 3 será realizado com no mínimo 3 mil brasileiros para avaliar se a vacina provoca resposta imune e para definir as doses de segurança necessárias e a eficácia da vacina da Covaxx, informou Campana.
Com metodologia própria, a vacina da Covaxx é baseada em peptídeos (compostos de aminoácidos) e foi projetada para disparar resposta celular, que daria uma imunidade mais duradoura, e de anticorpos ao mesmo tempo, estimulando o organismo a produzir “alta reação imunológica”, segundo os seus desenvolvedores.
“Dependendo das respostas dos estudos clínicos de fases 2 e 3, a vacina poderá ser aplicada em dose única”, disse Campana. Por ser 100% sintética, portanto, sem uso de vírus em sua fabricação, a chamada vacina UB-612 tem baixo risco biológico e não requer tempo para cultivo de vírus, o que, segundo a fabricante, proporciona maior escalabilidade da produção.