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Lançada a Aliança Global contra a Fome; Argentina volta atrás e decide participar, de última hora, da iniciativa

Uniões Europeia e Africana também aderiram à proposta. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Após negociações de última hora, o governo argentino decidiu aderir à iniciativa do Brasil da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, nessa segunda-feira (18), na cúpula do G20, no Rio de Janeiro. A Argentina havia sido a única nação do G20 que não tinha aderido à aliança, que foi lançada na abertura da cúpula do bloco das maiores economias do planeta.

A adesão da Argentina ainda no dia do lançamento da aliança permite que o país figure como um dos membros fundadores da plataforma independente internacional criada para captar recursos para financiar políticas de transferência de renda em países.

Com isso, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza soma 82 países, além da União Africana e da União Europeia, nove instituições financeiras, 24 organizações internacionais e 31 entidades filantrópicas e não governamentais, totalizando 148 membros fundadores.

A adesão está aberta desde julho deste ano, e os países podem aderir a qualquer momento. Além dos membros do G20, aderiram à iniciativa nações como Uruguai, Ucrânia, Suíça, Nigéria, Angola, Colômbia, Jordânia e Líbano, entre outras. A expectativa é que a estrutura de governança da aliança esteja pronta até 2025.

No caso da Aliança Contra a Fome, a adesão ao programa é formalizada por meio de uma declaração de compromisso que define medidas gerais e personalizadas a serem adotadas pelos países que aderiram à iniciativa contra a fome alinhadas “com as prioridades e condições específicas de cada membro”.

Texto

Líderes mundiais aprovam declaração final do G20 – Texto trata de temas como combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.

Os líderes do G20 aprovaram nessa segunda, a Declaração final do encontro, após superarem uma série de desentendimentos em alguns dos temas mais controversos.

O Brasil não cedeu às pressões da Argentina e manteve no texto o apoio a temas como a igualdade de gênero e a taxação de bilionários, Após ameaçar o consenso em torno da declaração final da cúpula, o presidente argentino, Javier Milei, confirmou que assinaria o documento, embota tenha deixado clara sua oposição a alguns trechos.

Em nota, o gabinete do líder argentino destacou que é chegada a hora de “reconhecer que o atual sistema de cooperação internacional está em crise, porque há muito que está em dissonância com seu propósito original”, que, para Milei, seria salvaguardar os direitos básicos dos cidadãos.

A nota da Presidência argentina critica “a limitação da liberdade de expressão nas redes” e “a noção de que uma maior intervenção estatal é uma forma de lutar contra a fome”.

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