Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2021
Ator lança mais dois livros voltados para o público infantil
Foto: Divulgação/Julia RodriguesLázaro Ramos é ator, diretor, cineasta e produtor, mas para um grupo especial, as crianças, ele é o autor de livros infantis que abordam com sensibilidade temas pertinentes à infância – e aqueles do mundo adulto que chegam aos pequenos.
Com mais de meio milhão de obras vendidas, Lazinho, como o marido de Taís Araújo é chamado no meio artístico, está de volta às livrarias com O Pulo do Coelho, um trabalho inédito sobre um coelho que aprende a sonhar, e Edith e a Velha Sentada, no qual ele revisita o texto publicado em 2010, sobre uma menina que vivia no mundo do computador.
“Esses dois livros foram muito inspirados na observação das crianças que me cercam. As questões de autoestima, o tipo de brincadeira que elas fazem, o jeito de sonhar que elas têm, o tema da autonomia…”, conta Lázaro a Quem, em conversa por vídeochamada. “Dessa vez não foi só a inspiração dos meus filhos, mas de afilhados, colegas de escola”, diz ele, que tem dois filhos, João Vicente, de 9 anos, e Maria Antônia, de 6, com Taís.
Lázaro conta que os filhos são sempre os primeiros a ler seus livros (“João já corrigiu pontuação”), assim como a atriz, que dessa vez ficou de castigo por ter feito graça com o nome original do coelho, que seria Luluco – na versão final ele virou Gusmão. Bem-humorado, ele diz que, assim como a mãe de Edith no livro, já recebeu conselhos não solicitados de outras pessoas sobre a forma de criar os filhos, e que também tem de regular o tempo de João e Maria no computador e celular. Já a convivência mais estreita em casa durante a pandemia, foi tranquila.
“Ficar com os filhos não foi tão difícil, foi difícil ficar comigo mesmo. Meus filhos e minha esposa me trazem saúde e leveza”, diz. “Mas ficar comigo mesmo é que foi o maior desafio, porque eu sempre fui uma pessoa que fugia de mim”, assume Lázaro, que faz terapia on-line e diz que o exemplo é fundamental para estimular o hábito da leituras nas crianças. Ele também se posiciona contra tentativas de acabar com a isenção de imposto sobre livros. “A gente precisa lembrar que diferentemente do que foi dito não é só rico que gosta de ler. Quando você aumenta a taxação de um livro você está retirando esse direito de uma camada gigante da população que tem muito prazer com a leitura”, diz.