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Legado de Janja é dor de cabeça para Lula pós-G20

(Foto: Divulgação)

A anêmica articulação política de Lula vai ter trabalho para sufocar o calhamaço de ações contra a vexatória conduta da primeira-dama Janja durante o G-20. A realização do Janjapalooza, regado a dinheiro público, e os insultos da mulher de Lula renderam 31 ações de deputados. Tem de tudo: moção de repúdio, cobrança de explicações, convocação de ministros em comissões e até dois processos sobre o uso de dinheiro público no evento de Janja, para ser devolvido com juros e correção.

Malddad na mira
Enrolando na definição do corte de gastos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) vai ter que explicar o desperdício de banco público na festa.

Dinheiro no lixo
Outro na mira é o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que teria feito Petrobras e Itaipu jogar dinheiro fora patrocinando o Janjapalooza.

Custou caro
Somente Margareth Menezes (Cultura) acumula nove ações pelo desperdício de dinheiro público no evento. O TCU também investiga.

Ofensiva
Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Planejamento) e Wellington Dias (Desenv. Social) fecham a lista.

STF inaugura ‘sigilo fake’ no caso contra Bolsonaro
Principal tema das manchetes, o inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal pela Polícia Federal é oficialmente “sigiloso”. A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras dezenas de pessoas por suposto golpe de Estado, “abolição violenta do Estado Democrático de Direito” e de organização criminosa. Mas, apesar de nenhuma das 700 páginas do inquérito ter sido liberada oficialmente, todos os detalhes e até organograma dos acusados são conhecidos e com ampla divulgação.

Detalhes e detalhes
Nomes, mensagens recuperadas e até uma distribuição de responsabilidades foram relatados da BBC à Al Jazeera, mundo afora.

Sem detalhes
Bolsonaro finalmente falou sobre o caso, do qual não foi notificado. “Vou esperar o advogado”, disse ele no X, “é na PGR que começa a luta”.

Desde cedo
“Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, declarou o ex-presidente ao site Metrópoles.

Deu Tarcísio
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra a força de Tarcísio de Freitas (Rep). O governador de São Paulo é aprovado por 68,8% dos paulistas. O presidente Lula vai na contramão, é rejeitado por 54,2%.

Tiroteio imparável
O inquérito no STF que implicou Jair Bolsonaro em “golpe de Estado” etc é o terceiro indiciamento o ex-presidente só em 2024. Aberto em 2019, atormentou o indiciado durante todo o seu governo, e segue a toada.

Boca de siri
Bolsonaro voltou a criticar Alexandre de Moraes, no que é apoiado pelos partidários, mas continua sem fazer declaração convincente de que nada tem a ver com a trama para matar o presidente, seu vice e ministro do STF. Seu silêncio constrangedor provocando críticas no bolsonarismo.

Caroço no angu
Filipe Barros (PL-PR) estranhou acordo entre a desconhecida Spacesail e a Telebras. Cobrou que o Ministério das Comunicações explique o contrato com a empresa chinesa, fala até em risco à segurança nacional.

No nosso bolso
Alavancou a arrecadação recorde do governo em outubro o crescimento real de 20,3% em Cofins e Pis/Pasep (R$ 47,2 bilhões); e Imposto de Importação e IPI vinculado à importação, 58,1%, (R$ 11,1 bilhões).

Só petista
São do PT todas as 61 assinaturas no pedido de Gleisi Hoffmann (PT-PR) para arquivar o projeto que anistia os presos pelo 8 de janeiro de 2023. Não recebeu apoio de nem um outro partido da base de Lula.

Tempo de caserna
Se avançar o pedido da Fazenda para o Ministério da Defesa, militares terão idade mínima para reserva remunerada: 55 anos. Hoje, o critério é 35 anos de serviço militar. A mudança vai impor mais 3 anos de labuta.

Nutella séria
Após ser acusado pela Ucrânia de disparar míssil intercontinental com capacidade nuclear, Vladimir Putin esclareceu: é apenas um novo míssil de médio alcance, o “Oreshnik” (avelaneira, a árvore da avelã, em russo).

Pensando bem…
… já divulgaram até organograma do tal “inquérito sigiloso” da suposta tentativa de golpe.

PODER SEM PUDOR
Lição de autoridade
Depois de demitir o general linha-dura Sílvio Frota do Ministério do Exército, em 1977, Ernesto Geisel o substituiu pelo general Belfort Bethlem. Na posse, fizeram fila para cumprimentar o novo ministro. Obsequiosos, os presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maciel e Petrônio Portella, já se preparavam para engrossar o cordão. “Fiquem onde estão!”, ordenou o general Geisel, que entendia de hierarquia, para em seguida chamar o novo ministro e determinar: “⁠Agora cumprimente os presidentes do Poder Legislativo!” O general Bethlem obedeceu, tinha juízo. Maciel e Portella também.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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