Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2016
Uma lei federal que começa a vigorar nesta semana obrigará os estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas a manterem ações contra o “bullying” – a intimidação sistemática, verbal ou física entre crianças e adolescentes.
Além de orientações permanentes a alunos, pais e educadores, está prevista a assistência psicológica e jurídica a vítimas e agressores.
A prática do “bullying” por meio da internet é uma das que mais preocupam as comunidades escolares. Segundo especialistas, as redes sociais favorecem a intimidação porque os agressores se sentem mais protegipelo anonimato.
Em São Paulo, alguns colégios já monitoram a conduta dos alunos no espaço virtual, a fim de identificar problemas. O risco maior está em grupos fechados como os do aplicativo WhatsApp, acessados por telefones celulares e cuja participação exige a aprovação de um dos integrantes.
Segundo a especialista em saúde escolar Marta Iossi, da USP (Universidade de São Paulo) é importante que as escolas ouçam os estudantes. “Muitos adultos encaram esse tipo de incidente como natural da idade, mas quando causa sofrimento não é.” Outra preocupação deve ser em relação ao agressor. “Ele também precisa de ajuda.”
Já a psicopedagoga Maria Irene Maluf frisa a dificuldade em lidar com os pais. “Muitos não conseguem enxergar a situação com clareza e devem ser tratados ao lado da criança”, alerta. (AE)