A queda na taxa de juros depende do comportamento da dívida pública astronômica. Enquanto isso, os candidatos soltam o verbo. Ao final da campanha, será possível editar um fascículo, reunindo as incongruências ditas sobre o assunto. O título poderá “Quem é Você, que não sabe o que diz”, frase de samba imortal de Noel Rosa.
Henrique Meirelles, o único que conhece o assunto, fica quieto.
Efeito
Após o Supremo Tribunal reconhecer como legal a contratação de mão de obra terceirizada em todas as empresas, não é difícil projetar: a arrecadação da Previdência Social cairá mais. Já estava mal, ficará pior.
Perigo mora ao lado
O peso argentino está derretendo e já perdeu 50 por cento de seu valor. A pressão não para: a taxa de juros chega a 60 por cento ao ano, recorde mundial.
Há 30 anos
A 5 de setembro de 1998, a fuga de dólares do Brasil chegou a 3 bilhões, fazendo os juros subirem a 29,75 por cento ao ano.
Um dos esportes favoritos
A tragédia no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista ressuscita a velha tática de um jogar para o outro a responsabilidade. Não demora e esquecem tudo. Até que a História, a Educação e a Cultura voltem a ser envolvidas em chamas.
Chega com atraso
Deu no site: “Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, convida autoridades para tratar do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista”. Agora é tarde.
Por contágio
Outra: “Senadores exigem reforma política profunda e urgente.” É uma doença que acomete os parlamentares às vésperas das eleições. Chama-se cobrançite.
Percepção tardia
Parlamentares e convidados participaram ontem da sessão solene na Câmara dos Deputados para comemorar os 96 anos da instalação da pedra fundamental da construção de Brasília.
Tornou-se depois uma pedra no sapato dos brasileiros que pagam impostos pesados e sustentam a Ilha da Fantasia.
Corrida aos bancos
Os donos de postos de gasolina, ontem pela manhã, trataram de depositar às pressas nos bancos a inesperada entrada de dinheiro domingo à noite. Consequência da divulgação da falsa notícia de que os caminhoneiros entrariam em greve.
Qual formato ganhará?
Desde a eleição de 1989, nenhum candidato com menos de 10 por cento do horário em rádio e TV foi para o segundo turno. Este ano, será testada a influência das redes sociais . Alguns marqueteiros acreditam que a Internet substituirá a propaganda tradicional, que interrompe a programação que agrada aos telespectadores.
Modelo fracassa
A divulgação de resultados de exames de avaliação em todo o País faz o Ministério da Educação reconhecer: o ensino é uma catástrofe no País. Dizer que o dinheiro do orçamento para o setor acaba jogado pela janela torna-se fato menor. Grave é constatar que uma geração perde a chance de acesso ao conhecimento. Pior ainda: a 33 dias das eleições, os candidatos silenciam.
Previu
O ensaísta francês Joseph Joubert viveu de 1754 a 1824. Jamais poderia imaginar que, algum dia, sua frase se encaixaria à postura de candidatos no Brasil: “A imaginação já fez mais descobertas do que a vista”.
É assim
Há um campeonato paralelo nos programas de propaganda eleitoral. Ao final, conheceremos qual o candidato que usou mais maquiagem para as gravações.
Craque do marketing
O arquivo registra: em 2014, um candidato a deputado federal em Minas Gerais se registrou na Justiça Eleitoral como Apagaluz. Quando aparecia na propaganda da TV, gritava: “Em outubro, apagaluz”.
Não dá para perder
Eleição dá a oportunidade de combater a sigla GISBC (Governos Insaciáveis em Sugar o Bolso dos Contribuintes).