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Publieditorial Lendas locais – Celebrando as figuras mais influentes do Rio Grande do Sul

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Foto: Divulgação

O Rio Grande do Sul se notabilizou ao longo de sua história por colecionar figuras lendárias, capazes de motivar os sentimentos mais intensos dentro e fora do estado. De líderes políticos a artistas, passando por figuras revolucionárias, foram muitos os gaúchos que sensibilizaram as massas.

A seguir, você encontra uma lista com 10 pessoas que provaram ser verdadeiras lendas locais, influenciando os rumos do Rio Grande do Sul e, em alguns casos, transbordando as fronteiras do estado.

Sepé Tiaraju

O líder guarani Sepé Tiaraju foi uma das primeiras figuras de relevo da história do Rio Grande do Sul. Afinal, tornou-se um símbolo da resistência indígena quando liderou os povos das Missões Jesuíticas contra colonizadores espanhóis e portugueses, ainda no século XVIII.

A partir de sua derrota, acelerou-se o processo de dominação e colonização do território por povos europeus. Mesmo assim, ele marcou seu nome na história pela coragem e ideal que carregava em prol da sua comunidade. Graças a isso, inspirou gerações de gaúchos que se identificam com sua defesa da terra e dos valores locais.

Lanceiros negros

Traídos pelos seus líderes ao fim da Revolução Farroupilha (1935-1945), os lanceiros negros passaram para a história como heróis anônimos de um povo. Não são um nome, mas uma entidade coletiva que evoca o desejo de liberdade e igualdade de um povo.

Os lanceiros negros foram soldados de origem africana, muitos deles nascidos em território gaúcho, que lutaram ao lado dos rebeldes farroupilhas. Ou melhor, lutaram à frente deles. Afinal, eram enviados na primeira linha das forças revolucionárias contra as tropas reais, com a promessa de liberdade quando a guerra acabasse.

Massacrados na Batalha de Porongos, em um dos episódios mais vergonhosos da história do Rio Grande do Sul, tornaram-se heróis populares e sedimentaram a importância do povo negro na formação do nosso estado.

Getúlio Vargas

Nascido em São Borja, Getúlio Vargas deixou o Rio Grande do Sul para se tornar uma das figuras mais influentes da história do Brasil. Ele liderou a revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, marcada pelo coronelismo e pela corrupção.

Ao longo de seu primeiro período na presidência, entre 1930 e 1945, sua imagem junto ao povo oscilou. Foi “pai dos pobres” mas também ditador. Deu início a uma transição da economia brasileira com participação do estado e leis trabalhistas importantes. Mas também flertou com o fascismo até meados da Segunda Guerra Mundial.

Deposto da presidência, voltou ao poder nos braços do povo, sendo eleito democraticamente. Por fim, saiu da vida para entrar na história. Seu legado é complexo, mas inegável, com impacto direto na vida de milhões de brasileiros até hoje.

Érico Veríssimo

Érico Veríssimo foi um dos primeiros intelectuais gaúchos a alcançar renome nacional e a se consagrar por meio da literatura. Em grande parte, isso se deveu a best-sellers como “Olhai os Lírios do Campo”. No entanto, para o povo do Rio Grande do Sul, o que o consagrou foi “O Tempo e o Vento”.

Afinal, foi com essa obra que Veríssimo explorou o universo regional como poucos souberam fazer. Com personagens que refletem a alma, a história e as tradições locais, o autor foi essencial na construção de uma identidade gaúcha.

Sua influência, portanto, vai além da literatura. Personagens como Bibiana e o Capitão Rodrigo se tornaram expressões do gaúcho para pessoas de outros estados, inclusive devido a adaptações para a televisão.

Luis Carlos Prestes

Poucos personagens brasileiros viveram de forma tão intensa o século XX. Nascido em 1898, em Porto Alegre, Luis Carlos Prestes foi um líder político de profunda influência nos rumos do país.

Ele se destacou, inicialmente, liderando a “Coluna Prestes”, uma marcha revolucionária que percorreu o território brasileiro na década de 1920. A coluna não atingiu imediatamente o seu ideal, mas ajudou a deteriorar o regime dominante, levando à revolução de 1930. Por sua atuação, Prestes recebeu o apelido de “O Cavaleiro da Esperança”.

Prestes ainda se consolidaria como principal líder comunista do país, entrando em conflito Getúlio Vargas. Nos anos 1970, foi perseguido pela Ditadura Militar e teve que se exilar. No Rio Grande do Sul, sua imagem permanece como um símbolo de luta por ideais e de coragem para desafiar o status quo.

Leonel Brizola

Considerado em grande medida um herdeiro político de Getúlio Vargas, o também gaúcho Leonel Brizola nunca alcançou a presidência do Brasil. No entanto, marcou seu nome na história. Além de ter governado o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, notabilizou-se pela Campanha da Legalidade.

Na ocasião, Brizola instou o então vice-presidente João Goulart a lutar para assumir o poder no país após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Na ocasião, lideranças de oposição e ministros das Forças Armadas tentaram barrar Jango com um golpe de estado. No entanto, encontraram no então governador gaúcho uma liderança impressionante.

Brizola mobilizou a população e a Brigada Militar do Estado. Além disso, constituiu a “Cadeia da Legalidade” com emissoras de rádio para levar à opinião pública nacional a defesa da sucessão conforme a constituição.

A resistência “brizolista” adiou um golpe de estado que acabaria ocorrendo anos depois. Com isso, Jango seguiu o jogo na Argentina. Já Brizola partiu para o exílio no Uruguai. Ainda assim, viveria para ver a derrocada da Ditadura e disputar as eleições presidenciais.

Elis Regina

Não são apenas os líderes políticos que fazem a revolução. No Rio Grande do Sul e no Brasil, a música também embalou gerações que sonharam com um futuro melhor. E poucas cantoras traduziram tão bem esse sentimento quanto a gaúcha Elis Regina.

Nascida em Porto Alegre, Elis deixou o estado para fazer sucesso no centro do país. Tornou-se voz de algumas das composições mais famosas da música popular brasileira. E virou símbolo da luta pelo fim da Ditadura.

Apesar disso, ela também teve uma vida marcada pela dor. Sua morte trágica, com apenas 36 anos, ainda é alvo de debate. No entanto, o que parece inegável é o seu talento, que serviu para dar voz às angústias de toda uma geração.

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