Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2024
"González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas", disse María Corina Machado
Foto: Reprodução/InstagramA líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que o candidato oposicionista Edmundo González assumirá a presidência do país em 10 de janeiro, quando terminará o atual mandato do presidente Nicolás Maduro.
“González será o novo chefe de Estado e novo comandante das Forças Armadas venezuelanas, e isso dependerá do que todos nós fizermos, os venezuelanos dentro e fora do país. Depende que essa força, organização, convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo. E, por isso, sei que em 10 de janeiro teremos um novo presidente”, disse Corina em entrevista a um canal de televisão na segunda-feira (12).
“Estamos em um momento totalmente distinto. O mundo inteiro sabe que Maduro perdeu, que foi derrotado de maneira avassaladora e que hoje pretende permanecer no poder com a maior fraude da história deste hemisfério. Isso significa que não tem nenhuma legitimidade”, prosseguiu Corina.
As declarações foram dadas em meio ao impasse na Venezuela após as eleições de 28 de julho. O dia 10 de janeiro é a data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato, mas a perspectiva para essa cerimônia está incerta já que ambos os lados reivindicam a vitória.
O resultado divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), alinhado a Maduro, é contestado pela oposição e por diversos países, que alegam fraude. Segundo o CNE, Maduro foi reeleito com 52% dos votos, mas as atas eleitorais – documentos que registram os votos e os resultados em cada local de votação do país e que comprovariam o resultado – não foram divulgadas. O órgão alega que o seu sistema foi hackeado.
Em contrapartida, a oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições com 67% dos votos e apresenta como prova um site criado pelos próprios opositores com mais de 80% das atas digitalizadas, às quais o grupo teve acesso por meio de representantes que compareceram à maioria dos locais de votação. Alguns países anunciaram que consideram González como vencedor das eleições.