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Líder da oposição diz que Maduro tentou enganar Lula sobre as eleições na Venezuela

"O Brasil é inquestionavelmente um líder na região", disse María Corina. (Foto: Reprodução de vídeo)

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou que Nicolás Maduro tentou enganar o presidente Lula e o povo brasileiro sobre o resultado das eleições presidenciais na Venezuela. Ela cobrou pressão de líderes internacionais para que Maduro deixe o poder.

Corina, de 57 anos, afirmou que Maduro acreditava que poderia enganar Lula, vendo no presidente brasileiro um aliado internacional. No entanto, segundo ela, o petista tem adotado uma postura firme para apontar que houve fraude nas eleições venezuelanas.

“O Brasil é inquestionavelmente um líder na região. É um país que, durante todos esses anos, insistiu na validade das instituições democráticas. Maduro acreditou que poderia enganar Lula ou enganar o povo brasileiro, mas isso não aconteceu”, afirmou a opositora em entrevista divulgada nesta quarta-feira (27) pelo site G1.

“É um momento em que, com muita clareza e nitidez, todos os chefes de Estado, os governos, os líderes da América Latina de todas as posições ideológicas devem assumir uma posição única e unida”, declarou Corina.

Durante a entrevista, a líder da oposição venezuelana afirmou acreditar que Edmundo González, que está exilado na Espanha, assumirá o governo em janeiro. Ela também disse que a oposição ofereceu uma transição negociada a Maduro e que há setores das Forças Armadas insatisfeitos com ele.

Milhões de venezuelanos foram às urnas no dia 28 de julho para eleger o presidente do país para o período de 2025 a 2031. González foi o candidato da oposição após outros políticos, incluindo María Corina Machado, terem sido barrados de disputar o pleito.

Sem apresentar provas, o Conselho Nacional Eleitoral, alinhado a Maduro, afirmou que o atual presidente da Venezuela venceu as eleições com pouco mais de 50% dos votos.

A oposição, por outro lado, garante que González derrotou o atual presidente com ampla vantagem, com base nos documentos impressos pelas urnas de votação.

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