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Brasil Líder do MDB na Câmara avalia que eleitores estão “decepcionados e tristes” com o governo Lula

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Bulhões também disse ser contra o projeto de lei que anistia acusados e condenados pelo 8 de janeiro de 2023, mas que irá seguir o que a maioria da bancada definir. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O líder do MDB na Câmara e atual relator do Orçamento de 2026, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), acredita que uma das razões para a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está ligada ao atraso de obras por todo o país, principalmente no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Bulhões avalia que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, utiliza de um “excesso de burocracia” e que o eleitor de Lula está “decepcionado e triste” com a quebra de expectativa.

Em entrevista, Bulhões também disse ser contra o projeto de lei que anistia acusados e condenados pelo 8 de janeiro de 2023, mas que irá seguir o que a maioria da bancada definir. Para o líder do MDB, boa parte da pressão para a proposta avançar está sendo feita pelo pastor Silas Malafaia, que, na visão dele, está “mandando no PL”. O partido de Jair Bolsonaro é comandado por Valdemar Costa Neto.

1) Antes de entrar no governo, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que o valor de R$ 53 bilhões em emendas em 2024 era um “ultraje”. Em 2025, serão R$ 59, 5 bilhões. Concorda com as críticas?

O valor está adequado. É uma pretensão legítima do Legislativo avançar cada vez mais na gestão orçamentária. O que tem que melhorar é o diálogo com o Executivo. A emenda parlamentar é fundamental, mas precisa estar conectada com as prioridades do governo. Podemos discutir alguns dispositivos na Lei Orçamentária que promovam mais convergência entre as pretensões do governo e as decisões dos parlamentares.

2) Será obrigatório que as emendas sejam direcionadas para programas prioritários do governo?

Não seria uma obrigatoriedade, mas o governo pode apresentar alternativas de modelos para aplicação das verbas. Se o parlamentar tem a oportunidade de destinar o recurso para um programa que é prioridade para o governo, otimiza o investimento da emenda parlamentar. Podemos discutir esse parâmetro.

3) O ministro Rui Costa (Casa Civil) tinha sugerido que os parlamentares direcionassem as emendas para obras do PAC, mas isso não aconteceu…

O PAC precisa ter mais eficiência do ponto de vista de análise para começar a ser executado. O programa funciona hoje depois que a obra já é analisada e licitada, mas até chegar nesse ponto, há um excesso de burocracia. O ministro Rui Costa e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, têm que rever isso.

4) Essa burocracia e a demora nas obras têm atingido a popularidade do presidente Lula?

A queda da popularidade do presidente Lula é um pouco atribuída a isso. O governo está bem nos índices econômicos, mas a expectativa da população era maior. Sou aliado do Lula, mas parte do nosso eleitor está decepcionado e triste. É preciso desburocratizar. As obras andam muito pouco. Isso é excesso de burocracia na Casa Civil. Desculpa fazer uma crítica, tenho uma grande admiração… Mas o ministro Rui Costa e a secretária Miriam (Belchior) são burocratas. São trabalhadores, mas travam muito também. A expectativa do Brasil com a retomada do PAC era muito maior do que estamos entregando. Nós temos que fazer essa autocrítica.

5) O MDB vai apoiar a reeleição do Lula em 2026?

Sou da ala que defende uma coligação com o PT desde o primeiro turno, mas o MDB não é cartorial. É provável que a definição sobre 2026 vá para o voto na convenção partidária. Hoje a ala que apoia Lula é majoritária. Não era na eleição anterior, mas será agora. A Simone Tebet foi muito importante nisso, por ter apoiado o Lula no segundo turno (de 2022) e entrado no governo.

6) A oposição pressiona pela votação na Câmara do projeto que anistia os envolvidos no 8 de janeiro. É favorável?

Não existe o que pautar, nem tem requerimento de urgência ainda. Falar em pautar ou não é um equívoco do ponto de vista técnico. Do ponto de vista político, falando como deputado, sou contrário a anistiar. No exercício da liderança, vou retratar o sentimento médio da bancada. Mas os integrantes do MDB têm que discutir isso com profundidade, pela responsabilidade que tem com a história da redemocratização. Mesmo que tenha sido atabalhoada, foi uma tentativa de golpe, então não tem o que anistiar, do ponto de vista jurídico.

7) Mas acha que o presidente da Câmara, Hugo Motta, vai pautar se o requerimento atingir as 257 assinaturas?

Há uma pressão exagerada na Câmara dos Deputados e todo mundo está esquecendo do Senado. Cadê o Flávio Bolsonaro, Rogério Marinho, Carlos Portinho? É só aqui? É o Silas Malafaia representado aqui na Câmara, com a sua arrogância, querendo ditar regras para todo brasileiro, expressando seus sentimentos pessoais, sem ter a legitimidade do mandato? Não acho isso justo nem razoável. As informações são do portal O Globo.

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