Domingo, 13 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2025
O líder no PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirmou na sexta-feira (11) que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi o primeiro a ligar para parabenizar a sigla por ter conseguido as 257 assinaturas necessárias para o requerimento de urgência para a votação do projeto de lei de anistia aos presos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Foi o primeiro presidente que, assim que alcançamos as assinaturas, me ligou para festejar que nós pudéssemos ter alcançado a importante marca de 257 assinaturas”, disse o deputado.
Ele também agradeceu ao possível futuro ministro das Comunicações, Pedro Lucas (União Brasil), por um trabalho que considerou “brilhante” como líder do partido na Câmara.
Pedro Lucas foi anunciado para a pasta pela ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), mas nesta sexta disse que irá consultar a bancada antes de decidir se aceita o cargo.
“Temos como grande aliado nessa luta o presidente Rueda, do partido União Brasil, bem como o seu líder na Câmara dos Deputados, que fez um brilhante trabalho conosco. É o segundo partido que mais deu assinaturas”, afirmou Sóstenes.
Ele também agradeceu aos presidentes e líderes do PP, PSDB e Novo. Em relação ao MDB, agradeceu aos dirigentes por não atrapalharem a coleta de assinaturas.
O deputado disse que conseguiu também a assinatura de deputados de partidos de esquerda e de centro da base do governo, que não quis nomear. Segundo ele, um problema do sistema da Câmara permitiu acesso dos parlamentares aos nomes dos que apoiaram a urgência, levando à pressão do governo sobre aliados.
“Nós tivemos quatro colegas com esse problema. Um deles, depois da minha conversa, ele voltou a assinar. Mas perdemos três assinaturas porque, por um erro do sistema da Câmara, essa lista, que deveria só sob meu visual, estava disponível por um erro de TI [tecnologia da informação]”, afirmou o deputado.
Ele afirmou ter a expectativa de votar o projeto de lei até o dia 30. Com as assinaturas em mãos, o partido de Jair Bolsonaro (PL) aumenta a pressão para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), paute a proposta para análise dos 513 parlamentares no plenário. Mesmo com o requerimento de urgência, cabe a ele a decisão final.
Para o líder do PL, o presidente da Câmara não pode “esticar a corda o tempo todo” para evitar pautar o tema.
“Ele não pode esticar a corda o tempo todo com relação ao PL por ser o maior partido da Casa. Já está tendo uma indisposição com a esquerda por conta da cassação do deputado Glauber [Braga]. Se ele se indispõe com a esquerda e o maior partido da direita, daqui a pouco, se continuar esticando essa corda por muito tempo, e eu tenho certeza que não o fará, ele vai ficar inviabilizado para condução da Casa”, disse Sóstenes.
O líder do PL não comentou sobre qual texto irá à votação já que, segundo ele, depende da definição sobre o relator do projeto e as negociações em torno dele.
“Esse é o debate do Parlamento, o debate da democracia. O texto será debatido e ajustado no plenário. Tudo pode ser feito ao longo desse debate. Não queremos impor nada. O Poder Legislativo vai corrigir os exageros do Poder Judiciário nesse julgamento”, afirmou.
O líder do PL no Senado, Carlos Portinho, afirmou que a anistia abrangeria também o que ele chamou de “eventuais excessos praticados pelos ministros do STF”.
“Se tivermos uma anistia ampla geral e irrestrita, ela estará beneficiando, inclusive, para colocarmos uma pá de cal, para que a gente não continue discutindo, por exemplo, a participação dos ministros do STF nesses excessos que ele estão cometendo contra a Constituição”, disse Portinho. As informações são do portal Folha de São Paulo.