Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 22 de outubro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Líder da oposição, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) revelou uma expectativa inquietante para seu grupo político. Pala ele, cerca de 10% de deputados do PL na Câmara devem deixar o partido. “O percentual de deputados do PL que votam em favor do governo nós já tínhamos noção”, diz ele. “Esses deputados vão sair do partido,” antecipa o parlamentar. Jorgy avalia que esses políticos se filiaram ao PL “porque achavam que o presidente Bolsonaro seria eleito. São adesistas”.
Oposição só no nome
A oposição monitora a ‘taxa de governismo’ de deputados, levando em conta votações com orientação das bancadas do governo e oposição.
Lula manda
O monitoramento aponta para 10 deputados governistas no PL, incluindo Tiririca (SP), o mais lulista da “oposição”, com 88% de alinhamento.
Por que será?
Um terço dos governistas no PL são do diretório do partido no Maranhão: Detinha, Josimar Maranhãozinho e Junior Lourenço.
Casaca virada
São 11 os deputados ‘independentes’ do PL. No Republicanos, que já tem ministério, só 2 dos 41 deputados são considerados de oposição.
Senado ameaça ‘segurar’ indicações de Lula
A relação entre o governo Lula e o Senado já viveu dias melhores e tende a piorar. O Planalto captou movimentos para “enrolar” nas sabatinas e votações de nomes que dependem do aval dos senadores. Um dos pontos de tensão são as indicações para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os parlamentares querem ser ouvidos. Uma das vagas já deve ser preenchida por um nome do Senado, mas eles querem mais ou não haverá pressa nas deliberações.
Nome posto
Da parte do Senado, o nome que agrada e que há abertura do governo para indicar é o do consultor da Casa Carlos Jaques.
Cadê o voto?
No Cade, a reclamação é o “excesso de prestígio” do Ministério da Fazenda, que quer ditar os nomes, “mas não tem voto”, diz um senador.
Na UTI
Até o próximo mês, o Cade perde quatro conselheiros. Ficam apenas três, portanto, sem quórum mínimo (quatro conselheiros) para deliberar.
Projeto do perdão
Ao criticar os “abusos do judiciário” e “ampla defesa ignorada”, o senador Hamilton Mourão (Rep-RS) apresentou projeto anistiando condenados pelo 8 de janeiro, exceto quem cometeu crime de dano qualificado, como deterioração de patrimônio e associação criminosa.
Só pensa nisso
Lula mal voltou ao batente após cirurgias, incluindo a plástica para corrigir olhar cansado e caído, mas segue programando viagens ao exterior por nossa conta. Em dezembro vai dar um rolê na Alemanha.
Recepção calorosa
Foi difícil para o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguir caminhar no aeroporto de Belém, para cumprir agenda no Pará. Foi recepcionado por uma multidão com cantos de “o capitão chegou”.
Efeito comparativo
“Em todos os lugares que Bolsonaro vai, ele ainda é tratado como presidente, enquanto o atual presidente, em todos os lugares que ele vai, é tratado como ladrão”, comparou o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ).
Corporativismo
A falta de denúncia contra o lulista Janones no conselho de ética da Câmara, pelo tratamento humilhante aos próprios funcionários, sugere corporativismo dos deputados. Temem virar o Janones amanhã.
Lado e outro
Um levantamento aponta 22 deputados 100% alinhados à oposição, 58 100% alinhados ao governo Lula. Só uma deputada, Daniela do Waguinho, é do União, partido com três ministérios no atual governo.
PP no governo
O deputado José Nelto (PP-GO) disse à coluna que passou a integrar a vice-liderança do governo Lula na Câmara por indicação do partido Progressistas, que, segundo ele, “agora faz parte do governo”.
30 anos depois
Completa 30 anos no ano que vem o triplo Prêmio Nobel da Paz concedido aos primeiros-ministros israelenses Shimon Perez e Yitzhak Rabin e ao líder da Autoridade Palestina Yasser Arafat.
Pensando bem…
…o “risco” que o governo Lula vê numa vitória de Milei tem a ver com o perigo de abrir a caixa preta das relações com o atual governo argentino.
PODER SEM PUDOR
Confusão de Montoro
O falecido ex-governador paulista Franco Montoro trocava nomes e pessoas, mas tentava acertar. Até fazia associações. Por isso, sempre chamava o então deputado Flávio Bierrenbach de “Bierrenbrahms”. Associava o sobrenome do admirado ministro do Superior Tribunal Militar com um certo compositor de Hamburgo (Alemanha), mas novamente trocava Johann Sebastian Bach, nascido em 1685, por Johannes Brahms, de 1833.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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