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Brasil Líderes petistas iniciam articulação para convencer o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a disputarem a eleição em São Paulo. Ambos resistem

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Sem Alckmin, os petistas dizem que há um risco de uma vitória de Tarcísio no primeiro turno, com votação superior a 70%. (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Lideranças do PT  próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram uma articulação para convencer o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a disputarem a eleição em São Paulo no próximo ano. Os dois, porém, resistem. O plano é ter Alckmin concorrendo ao Executivo para aproveitar o seu recall de ter governado o estado por quatro vezes, enquanto o titular da pasta responsável pela condução da economia tentaria uma das vagas ao Senado.

Na avaliação desse grupo, não há outro nome além do atual vice-presidente que possa fazer frente a Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível candidato à reeleição. Caso entre na disputa, Alckmin, na visão dos petistas, não seria favorito, mas poderia alcançar um patamar de votação próximo ao de Haddad em 2022, quando o ministro concorreu a governador. O vice-presidente venceu três eleições no estado, em 2002, 2010 e 2014 (em 2001, era vice e assumiu após a morte de Mário Covas).

Para lideranças do PT, um palanque forte no maior estado do país é fundamental para Lula, caso o presidente decida mesmo tentar um novo mandato. Sem Alckmin, os petistas dizem que há um risco de uma vitória de Tarcísio no primeiro turno, com votação superior a 70% — por enquanto, a hipótese de o atual governador concorrer a presidente não é considerada no PT.

Uma derrota acachapante na corrida estadual poderia prejudicar Lula e inviabilizá-lo na disputa nacional. No segundo turno de 2022, o presidente e Haddad tiveram praticamente o mesmo percentual de votos válidos no estado. Lula ficou com 44,76%, enquanto o postulante ao governo teve 44,73%. Os paulistas são 22% do eleitorado nacional.

Além de garantir um palanque, a entrada de Alckmin na disputa significaria uma solução para liberar o posto de vice da chapa de Lula. A vaga é considerada fundamental para atrair o MDB para a aliança. O governador do Pará, Helder Barbalho, vê com bons olhos ser o parceiro de chapa do atual presidente, e os petistas o consideram favorito ao posto.

Apesar da estratégia, Alckmin, segundo um aliado, não cogita a hipótese de concorrer a governador. O ex-tucano tem dito que não houve até agora qualquer conversa sobre o assunto e que está bem na condição atual. Ele também comanda a pasta da Indústria e Comércio. A aposta é que Alckmin, ao seu estilo, jogue parado e não tensione as conversas.

Garantia de pasta

Petistas dizem que a única pessoa em condições de tratar com Alckmin sobre o tema é o próprio Lula, e que isso deve ocorrer mais para frente, quando o cenário eleitoral estiver mais claro. Aliados apontam que um dos trunfos que Lula poderia apresentar a Alckmin é a garantia de que, após a eleição, caso derrotado, ele voltaria para o ministério num eventual novo mandato.

No PSB, o movimento é mal visto. Os colegas de partido consideram que os aliados de Lula querem mandar o vice para “o sacrifício” ao jogá-lo numa disputa com chance real de derrota, enquanto o PT está preocupado, prioritariamente, em manter a sua bancada de deputados federais no estado.

— O que o PT quer é isso (Alckmin como candidato a governador). O que o PSB quer é a manutenção dele na chapa no lugar que ele se encontra hoje (como vice). Tem essa pequena diferença — ironiza o presidente da sigla, Carlos Siqueira.

O ministro da Microempresa e do Empreendedorismo, Márcio França — também do PSB e governador de São Paulo por nove meses em 2018 —, tem manifestado a aliados a intenção de ser o nome de Lula na disputa. Uma parte dos petistas, porém, considera que ele não seria competitivo.

Apesar das divergências, PT e PSB concordam que uma das vagas ao Senado será da direita e que precisam de um nome competitivo. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que deve trocar o PL pelo PP, são as prováveis apostas bolsonaristas para o pleito.

Haddad é visto no PT com chances de sucesso, e uma ala da legenda acredita que ele não negaria um pedido de Lula para concorrer. O ministro tem afirmado a aliados, porém, que não existe possibilidade de disputar um cargo eletivo em 2026. As informações são do portal O Globo.

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