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Mundo Líderes latino-americanos se preparam para encontrar Trump na Cúpula das Américas

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O presidente americano deve participar do evento. (Foto: Boris Baldinger/Fotos Públicas)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já criticou países latino-americanos por causa da imigração, dos narcóticos e do comércio, segue para a região nesta semana para participar de uma cúpula que, segundo diplomatas, deve ser constrangedora e tensa.

Trump chegará a Lima, capital do Peru, na sexta-feira (13), para a Cúpula das Américas visando estimular os laços comerciais e pedir a aliados que endureçam com a Venezuela, segundo autoridades dos EUA que conversaram com os repórteres sobre a viagem.

Mas a retórica hostil do presidente e as relações desgastadas com líderes como o presidente do México, Enrique Peña Nieto, tornam improvável que ele obtenha grandes avanços nestas metas, dizem especialistas.

“Ele chega à região profundamente impopular, e isso obviamente complica a capacidade dos líderes de trabalhar com ele”, disse Mark Feierstein, que tratou de temas do hemisfério para a Casa Branca do ex-presidente Barack Obama e hoje é conselheiro do Albright Stonebridge Group.

A visita está provocando saudades de Obama, o antecessor do presidente republicano, disse um diplomata peruano, que no entanto acrescentou: “Ninguém perde o sono com Trump. Todos nós sabemos sorrir e acenar, então não estamos muito preocupados”.

Trump já se queixou da perda de empregos norte-americanos para o México, ameaçou acabar com o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) com o México e o Canadá e lançou sua campanha presidencial com um discurso no qual descreveu imigrantes mexicanos como “estupradores” e traficantes de droga.

Trump também atacou a imigração proveniente de Nicarágua, Honduras, El Salvador e outros países latino-americanos e ameaçou interromper o envio de ajuda à Colômbia e ao Peru por causa do tráfico de drogas.

Na iminência da viagem, que inclui uma parada na Colômbia após a cúpula, Trump intensificou a retórica contra a imigração ilegal com o plano de enviar soldados da Guarda Nacional para a fronteira com o México.

Depois do primeiro ano de Trump no cargo, só 16 por cento de entrevistados em pesquisas feitas na América Latina aprovaram seu desempenho, de acordo com o Gallup.

Uma fonte do governo do Brasil disse, sob condição de anonimato, que uma agenda positiva de Washington “é muito necessária se o governo Trump quiser manter relações produtivas com a região”.

Acordo com a União Europeia

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, aguarda para o primeiro semestre deste ano a conclusão do acordo comercial negociado com a União Europeia por cerca de 20 anos.

No evento “Brasil e Mercosul: em direção ao racionalismo aberto”, promovido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o secretário defendeu a expansão do comércio brasileiro, em detrimento do debate sobre fortalecimento da política de conteúdo nacional, que marcou o governo petista.

“Não faz sentido, hoje em dia, produzir tudo. O Brasil tem que se integrar mais”, afirmou Estevão em sua palestra, ressaltando que, num ranking mundial, o País ocupa a oitava colocação pelo critério PIB, mas, do ponto de vista de participação no comércio exterior, está em 24º. lugar.

Segundo o secretário, a atual equipe econômica trabalha com “racionalidade”, ao abandonar o debate de valorização do conteúdo local que, em sua opinião, remete à década de 1950. ” Estamos saindo disso. Há outros fatores que afetam a produtividade. Essa equipe econômica está passando reformas que tentam lidar com esses temas, como a trabalhista”, disse.

O secretário ainda destacou que o Brasil não fechou nenhum grande acordo de livre comércio desde o Mercosul. “Temos que ir para as negociações com vontade de abrir (o mercado)”, acrescentou Estevão.

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https://www.osul.com.br/lideres-latino-americanos-se-preparam-para-encontrar-trump-na-cupula-das-americas/ Líderes latino-americanos se preparam para encontrar Trump na Cúpula das Américas 2018-04-09
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