Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2024
A italiana Giorgia Meloni, o canadense Justin Trudeau, o belga Alexander De Croo e Ursula von der Leyen chegaram à capital ucraniana vindos de trem da Polônia.
Foto: Reprodução/ X/Justin TrudeauOs primeiros-ministros de Itália, Canadá e Bélgica, além da presidente da Comissão Europeia desembarcaram em Kiev, capital da Ucrânia, neste sábado (24), em um gesto de solidariedade ao governo ucraniano no dia em que a guerra contra a Rússia completa dois anos.
A italiana Giorgia Meloni, o canadense Justin Trudeau, o belga Alexander De Croo e Ursula von der Leyen chegaram à capital ucraniana vindos de trem da Polônia. “Este lugar é o símbolo do fracasso de Moscou, este lugar é o símbolo do orgulho ucraniano… Esta terra é um pedaço da nossa casa e faremos a nossa parte para defendê-la”, disse Meloni.
Uma teleconferência será realizada durante a tarde entre líderes do G7 com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O G7 é composto por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA.
Zelensky prometeu que o país vencerá as tropas da Rússia, apesar dos avanços recentes das tropas de Moscou e da redução do apoio ocidental.
“Nós estamos lutando por isto durante 730 dias de nossas vidas. E nós venceremos, no melhor dia das nossas vidas”, afirmou Zelensky em um evento ao ar livre no aeroporto de Gostomel, perto de Kiev.
“Qualquer pessoa normal deseja que a guerra termine. Mas ninguém permitirá o fim da Ucrânia”, declarou Zelensky, antes de enfatizar que a disputa deve terminar “em nossos termos” e com uma paz “justa”.
O presidente ucraniano discursou ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e dos primeiros-ministros do Canadá, Itália e Bélgica, Justin Trudeau, Giorgia Meloni e Alexander de Croo.
Meloni presidirá em Kiev uma reunião virtual do G7 sobre a Ucrânia, que examinará uma nova série de sanções contra Moscou. As medidas foram anunciadas recentemente por Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.
A chefe de Governo também vai assinar com o presidente ucraniano um acordo bilateral de segurança, similar aos que Kiev anunciou nas últimas semanas com Reino Unido, Alemanha, França e Dinamarca.
“A luz sempre prevalece sobre as trevas”, afirmou algumas horas antes o comandante das Forças Armadas ucranianas, general Oleksander Sirski.
A guerra começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia e fez ataques pela terra, pelo ar e pelo mar. Embora não haja estatísticas fiéis, estima-se que pelo menos 500 mil pessoas morreram nos dois lados das trincheiras.
O conflito expulsou de suas casas mais de 14 milhões de ucranianos — um terço da população — e mandou 6,5 milhões de refugiados para países vizinhos, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações.
Também neste sábado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o “corajoso povo da Ucrânia continua a lutar, inabalável na sua determinação em defender a sua liberdade e o seu futuro. A Otan está mais forte, maior e mais unida do que nunca”.
“E a coligação global sem precedentes de 50 nações em apoio à Ucrânia, liderada pelos Estados Unidos, continua empenhada em fornecer assistência crítica à Ucrânia e em responsabilizar a Rússia pela sua agressão”, disse Biden.
O chanceler alemão Olaf Scholz disse que “as fronteiras não podem ser alteradas pela força”, e que a Alemanha apoiará a Ucrânia “enquanto for necessário”.