Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 25 de janeiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Diante do impressionante número de parlamentares diariamente intimados a depor, como em um estado policial, lideranças de oposição na Câmara elaboram um pacote de medidas a serem sugeridas ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para proteção das prerrogativas de parlamentares vítimas de alegada perseguição pelo Supremo Tribunal Federal. Ativistas do PT espalham, sem desmentidos, que 18 deputados de oposição estão em uma lista de cassação e prisão.
Clima de terror
O clima entre parlamentares é de terror, como contou a senadora Damares Alves (Rep-DF) ao podcast do Diário do Poder.
Espalhando medo
Damares se emocionou ao ver a filha escolhendo “roupa adequada” para estar vestida quando for despertada “com a PF invadindo sua casa”.
Criticou, intimou
“Tenho prestado depoimentos quase diários”, revela o deputado José Medeiros (PL-MT), um dos críticos mais corajosos das decisões do STF.
Eleição condicional
Os líderes lembram inclusive que a garantia de prerrogativas será tema central da próxima eleição para presidente da Câmara e do Senado.
Lula retalia Centrão com vetos e orçamento menor
Os ministérios que pertencem a MDB, PDT, PP e União Brasil foram os maiores alvos do veto do presidente Lula (PT) a R$5,6 bilhões em emendas do Orçamento 2024. O ministro de Cidades (corte de R$1,8 bilhão), Jader Barbalho Filho, é indicação do MDB; Waldez Góez, da Integração e Desenvolvimento Regional (-R$1,7 bilhão), é do PDT. Ministérios de indicados do União Brasil, Turismo e Comunicações perderam mais de R$1 bilhão; -R$950,3 milhões e -R$108,4 milhões.
Menos esporte
O Ministério do Esporte, do deputado licenciado André Fufuca (PP-MA), perdeu R$510 milhões após a canetada de Lula.
Conta de subtrair
Os cinco ministérios representam 91% dos cortes. Também são dos partidos com o maior número de independentes no Congresso.
Já foi escândalo
Os valores pagos em emendas parlamentares no governo Lula bateram recorde em 2023 e vão “dobrar a meta” este ano: R$47,5 bilhões.
Padrão PT
O senador Rogério Marinho (PL-RN), que ontem foi ao STF fazer a Luis Roberto Barroso, um apelo à razão, criticou a mania de aparelhamento de Lula que quer emplacar o ex-ministro da Fazenda de Dilma Guido Mantega na Vale. “É garantia de dar errado. Padrão PT”, avalia.
Greve do atraso
A greve geral um mês após a posse de Javier Milei prova o acerto da Argentina elegendo o atual presidente. A greve é coisa do peronismo atrasado que, como o PT no Brasil, “aparelha” e manda nos sindicatos.
E a checagem?
O governo Tarcísio de Freitas anunciou que irá instalar, este ano, 649 radares em rodovias estaduais. À época da campanha, manchetes “denunciavam” planos do então candidato de remover o monitoramento.
Justiça jabuticaba
Estão previstos R$76,4 milhões no Orçamento para a criação de cerca de 800 cargos efetivos e comissionados na Justiça Eleitoral, que funciona a cada dois anos. É a consolidação da “justiça jabuticaba”.
Batatas financiadas?
Viraliza o meme do “Supermercado Faz o L”, comparando preços de este ano e durante os anos Jair Bolsonaro. Uma das “promoções” anuncia a Batata Monalisa, que passou de R$4,98 para R$11,98 o quilo.
Cotas de problema
O Ministério Público de São Paulo concordou com pedido de suspensão de concurso para professor da USP apresentado pelo estadual Guto Zacarias (União). O deputado é contra a reserva de cotas no edital.
Ele outra vez
Sayid Tenório, aquele ex-assessor de deputado petista que debochou de militar israelense violentada, voltou a circular em Brasília. Foi flagrado em reunião, na terça (23), no Ministério dos Direitos Humanos.
Não pode confiar
Segundo o jornal Financial Times, os resultados da produção de aço e do Produto Interno Bruto da China, divulgados esta semana, colocaram previsões oficiais do governo chinês em cheque. Não batem há anos.
Pergunta na greve
Só o setor público é “geral”?
PODER SEM PUDOR
Contra o crédito
Ministro da Fazenda do governo JK, José Maria Alkmin andava preocupado com a escalada da inflação e decidiu adotar medidas de combate. Fez mais: iniciou uma campanha contra o crediário, para ele, inflacionário. A Associação Comercial do Rio de Janeiro não gostou, claro, queixando-se ao presidente. JK convocou Alkmin, que logo se explicou: “Mas, presidente, a minha campanha é contra as compras a prestação e não contra as vendas…”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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