Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2020
A criança segue os exemplos - bons ou não - dos adultos para toda a sua vida e os repete.
Foto: Wilson Dias/Agência BrasilEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os limites fazem parte da vida. Eles estão presentes diariamente em nossa sociedade e nunca cessam. Os limites são construídos junto com as crianças e as famílias devem ser orientadas, com o objetivo de que estes marcos sejam significativos, elaborados e compreendidos por ambos os lados: adultos e crianças.
Quando a mãe amamenta seu filho, atenta aos horários e necessidades do bebê, já está construindo limites. Na escola, não é diferente. Durante a disputa por um brinquedo, por exemplo, se as crianças não conseguem resolver sozinhas, torna-se natural e necessária a intervenção do professor. Essa orientação ocorre por meio de conversas, ponderações e combinações, culminando em uma decisão final. O adulto atua como um mediador, estimulando o pensar em cada envolvido.
Os limites são ensinados com respeito, gestos, atitudes, mas principalmente com diálogo, para que a criança compreenda o que está acontecendo de forma clara, objetiva e afetiva. O ato de reprimir não apresenta resultado eficaz, pois a criança não entende o verdadeiro motivo para este “não”. Cabe ressaltar que o “não” também faz parte do desenvolvimento do ser humano, que aprende a lidar com suas frustrações, por isso é fundamental agir com empatia e se colocar no lugar do outro.
Adultos gostam de receber explicações quando são impostas novas rotinas no trabalho. Se a comunicação é clara e completa, os colaboradores de determinada organização conseguem compreender e seguir. Com as crianças, essa necessidade de compreensão ocorre da mesma forma. E por que seria diferente com elas? A criança também tem o direito de ser ouvida com respeito quando faz suas escolhas, tendo o adulto a responsabilidade de educar, orientar e ponderar, no sentido de que nem tudo o que queremos podemos ter ou fazer.
É importante sempre ter claro que a ameaça, a palmada e o grito geram medo e não respeito. A autoridade é diferente do autoritarismo. A autoridade se constrói e se conquista gerando respeito. O autoritarismo gera medo, angústia e afastamento das pessoas. A criança segue os exemplos – bons ou não – dos adultos para toda a sua vida e os repete. A afetividade aproxima e a agressividade afasta.
Cláudia Antunes
Coordenadora Pedagógica da Escola Infantil Neneca
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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