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Linha de ônibus T6 pode circular em Porto Alegre sem cobradores a partir desta segunda

Com esta atualização, 53,5% dos veículos em operação já circulam sem cobrador na Capital. (Foto: Alex Rocha/PMPA)

A partir de segunda-feira (11), a linha T6 pode circular sem cobrador, em dias úteis. A autorização foi publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) de sexta-feira (8). Com esta atualização, 53,5% dos veículos em operação já circulam sem cobrador na Capital.

De acordo com a prefeitura, “para proporcionar agilidade nos embarques, os usuários do transporte público de Porto Alegre podem emitir, sem custo, o seu Cartão TRI de Passagem Antecipada, do sistema de bilhetagem eletrônica, e fazer recargas pelo app TRI POA, disponível para smartphones ou tablets”.

Os passageiros também podem adquirir no aplicativo uma passagem única em QR Code ou comprar até dez unidades, com pagamento por pix. Após a compra, o QR Code fica disponível dentro do aplicativo para ser apresentado ao validador ao passar na roleta do ônibus.

Extinção da função

A retirada gradual dos cobradores do sistema começou em fevereiro de 2022 com o objetivo de reduzir o preço da passagem. Segundo a prefeitura, a medida segue o critério de escolher as linhas que transportam menos passageiros por viagem.

Desde então, novos itinerários vêm sendo incluídos gradativamente na nova regra. Mais de 200 linhas foram autorizadas a circular sem cobrador em dias úteis ou aos finais de semana e feriados.

Pela lei aprovada em 2021, a função deve ser completamente extinta do sistema de transporte público da cidade até o final de 2025.

Lotações em crise

O serviço de lotação em Porto Alegre está enfrentando uma ameaça séria de encerramento de suas operações devido à ausência de subsídios por parte da prefeitura. O presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), Magno Isse, expressou sua preocupação com as negociações em curso, sugerindo a necessidade urgente de subsídios para manter o serviço em funcionamento.

Isse propõe que as lotações recebam um subsídio de 10% do valor destinado aos ônibus. Ele enfatiza que simplesmente aumentar as tarifas não será suficiente para resolver o problema enfrentado pelo serviço. A tarifa das lotações atualmente é de R$ 8,00, enquanto a dos ônibus é de R$ 4,80. O presidente da ATL alega que a tarifa real dos ônibus é de R$ 5,90, com a diferença sendo subsidiada pela prefeitura.

Apesar de manter passageiros cativos, como mulheres (60%) e idosos (20%), Isse ressalta que o sistema de lotação enfrenta competição significativa de aplicativos de transporte e transporte clandestino, o que prejudica sua operação.

Em resposta às preocupações levantadas pela ATL, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) afirmou que o transporte seletivo por lotação é independente para operar e, portanto, não pode receber subsídios do governo municipal. No entanto, a prefeitura destacou algumas medidas já adotadas, como a isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para as lotações por dois anos e a ampliação das formas de pagamento disponíveis para os usuários.

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