Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de março de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Depois de participar do encontro com o presidente Jair Bolsonaro e dirigentes dos demais Poderes, o presidente da Câmara, Arthur Lira, propôs uma agenda concentrada na busca de saídas para a pandemia. E ontem, na abertura da sessão da Câmara, foi direto ao afirmar:
“Faço um alerta amigo, leal e solidário: dentre todos os remédios políticos possíveis que esta Casa pode aplicar num momento de enorme angústia do povo e de seus representantes, o de menor dano seria fazer um freio de arrumação até que todas as medidas necessárias e todas as posturas inadiáveis fossem imediatamente adotadas, até que qualquer outra pauta pudesse ser novamente colocada em tramitação. Falo de adotarmos uma espécie de “Esforço Concentrado para a Pandemia”, durante duas semanas, em que os demais temas da pauta legislativa sofreriam uma pausa para dar lugar ao único que importa: como salvar vidas”.
A tradução da fala de Arthur Lira
O recado vale para o presidente Jair Bolsonaro, vale para o Supremo Tribunal Federal, vale para o próprio Congresso Nacional e para governadores que tentam tirar algum proveito eleitoral em meio à pandemia.
No ar, a campanha de Eduardo Leite: “O Brasil na mão certa”
A pandemia ainda não terminou. Pelo contrário, está na sua fase mais aguda. Mas já está circulando o primeiro vídeo da pré-campanha presidencial do governador gaúcho Eduardo Leite.
O vídeo busca colocá-lo como alternativa entre Jair Bolsonaro e o PT, chamando para “o Brasil na mão certa”.
O recado de Vitor Koch
O presidente da FCDL (Federação CDLs do Rio Grande do Sul) Vitor Augusto Koch contrapôs a tão comentada carta assinada por grandes banqueiros, da ativa e aposentados, sobre o cenário político e econômico do país em meio à pandemia.
Ao final, registrou que “é importante esclarecer que durante toda esta recente, porém sofrida história da pandemia em foco, todos os principais atores cometeram erros.
A Organização Mundial de Saúde errou; líderes globais erraram; médicos erraram; economistas erraram; advogados erraram; e assim por diante. Inicialmente, todos estes equívocos são perdoáveis, uma vez que a intenção era (ou deveria ser!) acertar para vencer o Coronavírus. Entretanto, é lamentável que um debate que deveria se restringir a encontrar as melhores diretrizes sanitárias, se transformou em instrumento de retórica política de baixo padrão”.
De olho na eleição, governadores pedem aumento irresponsável do auxílio emergencial
Como se trata de “cumprimentar com chapéu alheio”, já que a conta seria paga pelos cofres do Governo Federal, 16 governadores entregaram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma carta pedindo auxílio emergencial no valor de R$ 600, com os mesmos critérios de acesso de 2020. Isto levaria a um número muito maior de pessoas do que o Ministério da Economia já definiu.
É bom lembrar que o Governo Federal realizou um pente fino depois que descobriu que na lista de 2020, havia milhares de inscrições fraudulentas, muitas delas que serviram para irrigar contas de campanhas eleitorais.
Governo tentou evitar fraude em dados do covid
Com o objetivo de prevenir eventuais fraudes no preenchimento dos dados, o Ministério da Saúde incluiu novos campos de preenchimento obrigatório nas fichas de registro de pacientes, inclusive o numero de registro no SUS. A pasta porém, foi obrigada a voltar atrás após pressão. Com isso, o balanço de alguns Estados ficará alterado por alguns dias. E o risco de fraudes nas fichas continuará existindo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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