O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), negou a intenção ou que tenha sido ao menos sondado para assumir cargo de ministro no atual governo. Indagado sobre um entendimento, ele descartou: “Não é verdade, nunca conversei sobre isso”, disse à coluna. Presidente da Câmara de mais sólida liderança em décadas, Lira se orgulha de não haver dificultado a governabilidade, sob Jair Bolsonaro (PL) ou no governo Lula, mantendo permanente diálogo, mas com independência.
É tarde para mudar
Aliados próximos garantem que após tanto tempo “na mesma toada”, não seria agora, reta final da sua presidência, que Lira mudaria de atitude.
Livres para fantasiar
Poucos acreditam que Lira troque sua liderança tão sólida pela “planície”, após entregar o cargo ao sucessor, em fevereiro, daí as fantasias.
O plano é de Lula
Lula sonha com Lira subordinado com a missão de “costurar” uma base governista no Congresso que o petista não conquistou nas urnas.
Opções não faltam
Não faltam opções para Lira, da presidência nacional do seu partido a ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), ideia que não o agrada.
Lula cai no descrédito, sem condenar ditadura infame
O governo ainda tenta contornar a armadilha que Lula (PT) criou para ele mesmo, condicionando reconhecer a “reeleição” do ditador da Venezuela à apresentação das atas eleitorais comprovando o resultado das urnas. O erro foi impor condições que não controlava e, diante da recusa da ditadura de apresentar as atas, Lula desonra a própria palavra, evitando condenar seu amigo, meliante venezuelano. Preferiu se deixar mergulhar no descrédito mundial em autêntico “abraço de afogados”.
Só Lula no muro
Esvaziou o muro onde Lula se instalou a decisão do ditador Maduro de prender quem o derrotou nas urnas. A condenação internacional é ampla.
Opção pelo vexame
Após elogiar a “ditadura relativa” do Brasil, Lula prefere passar vergonha em nome das afinidades políticas e ideológicas com o ditador Maduro.
Reunião envergonhada
Lula até pediu “reunião secreta”, envergonhada, com os cúmplices que restam no vexame: Gustavo Petro (Colômbia) e López Obrador (México).
Quarto do pânico
O governador ´Tarcísio de Freitas (Rep) e Jair Bolsonaro (PL) se reúnem nesta quarta (4) em Brasília. Na pauta, as eleições municipais de São Paulo, que escapa entre os dedos, em razão do fenômeno Pablo Marçal.
Chance de ouro
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), decretou ponto facultativo na sexta (6), criando um feriadão que dá chance ao funcionalismo de sair da cidade para evitar as presepadas armadas pelo Planalto no Dia 7.
Carimbo e provocação
Lula convidou Alexandre de Moraes para, no Dia 7, a fim de “carimbar” o ministro como governista. De quebra, ainda provocará as famílias dos militares fazendo o MST substituir alunos de escolas públicas no desfile.
Rara incivilidade
Diplomatas ficaram perplexos com Paulo Teixeira, que não recebeu o embaixador do Cazaquistão, Bolat Nussopov, como estava agendado. O assessor que recebeu o Nussopov ganhou um quadro e uma vodca, originalmente destinados ao ministro que não deu a mínima ao visitante.
Não é o do Lula
Vítima de fake news de Pedro Rousseff, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) lançou cupom de desconto no relógio de R$220 que usa. O sobrinho de Dilma Rousseff disse que acessório valia R$40 mil. Mentiu.
Silêncio impera
O governo Lula constrange a diplomacia brasileira. Sem condenar a decisão do ditador Maduro de prender o opositor Edmundo González, que derrotou nas urnas, o Itamaraty já não sabe onde arrumar desculpas.
Papai Noel em outubro
O ditador Nicolás Maduro, amigão de Lula, irritou a Igreja venezuelana com manobra para desviar atenção da situação política e humanitária de lá. Maduro resolveu antecipar o Natal, que será em 1º de outubro.
Nem maluco
Até o município de Itapira (SP), que já foi conhecido como a “cidade dos loucos” (pelos três hospitais psiquiátricos lá instalados), rejeita o governo Lula (PT): 57,3% dos eleitores desaprovam a administração petista.
Pergunta na autoridade
Sabatina no Senado virou carimbo?
PODER SEM PUDOR
Ele era um perigo
Costa Rego fez fama como jornalista no Rio de Janeiro e, na década de 20, voltou a Alagoas para ser governador. Austero, governou sob rigoroso estado de sítio, mas a condição de incorrigível mulherengo lhe custou alguns problemas, inclusive uma conhecida reprimenda do presidente Washington Luís. Seu secretário da Fazenda, Epaminondas Gracindo, pai do ator Paulo Gracindo, certo dia tomava o café da manhã quando Costa Rego foi entrando na sua casa com a maior naturalidade. “Espere aí, governador!” gritou Epaminondas. “Com essa sua fama de garanhão, o senhor não pode entrar na casa de uma família de respeito”. Governador e secretário despacharam na calçada.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – redacao@diariodopoder.com.br)