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Lista de países que reconhecem o Estado palestino chega a 147

147 dos 193 países membros da ONU reconhecem a Palestina como Estado. (Foto: Reprodução)

O Ministério das Relações Exteriores da Armênia anunciou na última sexta-feira (21) o reconhecimento da Palestina como Estado, com o objetivo de avançar para a paz no Oriente Médio, e insistindo na “situação crítica em Gaza”. Com o anúncio, a Armênia une-se à Eslovênia, que reconheceu o Estado palestino no início do mês, Espanha, Irlanda e Noruega.

“Reafirmando sua lealdade ao direito internacional e aos princípios de igualdade, soberania e coexistência pacífica dos povos, a República da Armênia reconhece o Estado da Palestina”, afirma um comunicado divulgado pelo ministério.

O governo de Erevan “deseja sinceramente uma paz duradoura” na região, acrescenta a nota, que insiste na “instauração imediata de uma trégua” na guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, que já dura pouco mais de oito meses.

Hussein al-Sheikh, secretário-geral do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), elogiou a decisão da Armênia. “É uma vitória para o direito, a justiça, a legitimidade e a luta do nosso povo palestino para a libertação e a independência”, escreveu na rede social X (antigo Twitter).

O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu e anunciou que convocou o embaixador da Armênia para expressar uma “repreensão severa”, medida similar àquela tomada no final de maio com os embaixadores da Espanha, Irlanda e Noruega, que também reconheceram de forma oficial a Palestina segundo o mesmo motivo.

Segundo uma lista divulgada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) e os anúncios mais recentes feitos por alguns governos, 147 dos 193 países membros da ONU reconhecem a Palestina como Estado.

Faixa de Gaza

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território palestino governado pelo movimento islamista Hamas, anunciou nesse sábado (22) que 37.396 pessoas morreram desde o início da guerra com Israel em 7 de outubro.

Ao menos 120 pessoas morreram nas últimas 48 horas, segundo o comunicado do ministério, que também afirma que 85.911 ficaram feridas em mais de oito meses de conflito.

Na sexta, pelo menos 22 pessoas morreram e 45 ficaram feridas por um bombardeio que danificou o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Faixa de Gaza, uma instalação rodeada por centenas de desalojados.

Este novo episódio de violência acontece enquanto o Exército israelense intensifica seus ataques contra o território palestino, onde horas antes morreram pelo menos 30 pessoas, segundo fontes médicas, e troca agressões na fronteira com o Hezbollah libanês, movimento islamista financiado pelo Irã.

Segundo o CICV, o bombardeio “provocou uma afluência massiva de vítimas ao hospital próximo de campanha da Cruz Vermelha”, que “recebeu 22 mortos e 45 feridos”, escreveu a entidade humanitária na rede social X.

Um porta-voz do Exército israelense disse à reportagem que “uma investigação inicial sugere que não há indícios de que o IDF (Exército israelense) tenha realizado um ataque na zona humanitária de Al-Mawasi”. “O incidente está sendo investigado”, acrescentou.

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