Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2022
Segundo a obra, o então príncipe fiscaliza o serviço do jardim e, se não gostasse do trabalho dos paisagistas, gritava ordens em um megafone verde
Foto: Twitter @TheRoyalFamily/DivulgaçãoCom lançamento previsto para o dia 8 de novembro, a biografia “The King: The life of Charles III” (O Rei: A vida de Charles III) contém trechos inéditos da vida pessoal do monarca, como o apego do novo rei a um ursinho de pelúcia e a forma como tratava os funcionários do palácio aos 40 anos.
Escrito pelo jornalista americano Christopher Andersen, os trechos da obra foram destacados pelo portal Page Six. No livro, o ex-manobrista Michael Fawcett é apontado como um funcionário de confiança de Charles. Por isso mesmo, era ele o encarregado de cuidar do bicho de pelúcia quando o monarca já estava na “casa dos quarenta”.
Acostumado a dormir abraçado com o ursinho, sempre que o brinquedo precisava ser consertado, a ex-babá da realeza, Mabel Anderson, era retirada da aposentadoria para fazer os reparos necessários. Segundo um funcionário, ela era o “único ser humano autorizado a levar agulha e linha para a pelúcia do príncipe Charles”.
O autor ainda descreve esses momentos: “toda vez que o ursinho precisava ser consertado, você poderia pensar que era seu próprio filho fazendo uma grande cirurgia”.
Relação com funcionários
A relação entre o príncipe e os seus funcionários não era das melhores. Em uma parte da biografia, há a versão de um jardineiro-chefe que lembra as ordens e a forma como Charles fiscaliza se o serviço do jardim era feito corretamente: ele ficava na varanda e, se não gostasse do trabalho dos paisagistas, gritava ordens em um megafone verde.
“Para alguém que disse ter sofrido bullying quando criança, o príncipe Charles claramente gostou de nos intimidar”, disse um funcionário ao jornalista. “Ele podia ser agradável e cortês, mas na maior parte do tempo era mal-humorado e malvado. Ele não pensava duas vezes antes de gritar insultos para você se desse um passo errado”.
Quem também aparece na obra e endossa a versão trazida pelos funcionários e um outro ex-manobrista, Ken Stronach, que ficou por anos encarregado de lavar as roupas íntimas do príncipe e colocá-lo na cama ao lado do amado ursinho.
Princesa Diana
O comportamento com Diana, com quem era casado, também é tema do livro. Em certa ocasião, a princesa foi tirar satisfação a respeito do motivo de ambos terem congelado a vida sexual após o nascimento de Harry, em 1984, e Charles respondeu: “Não sei, querida. Acho que posso ser gay”.
Em outro momento, Stronach afirma ter visto Charles em meio a uma discussão com Diana. Na ocasião, o então príncipe teria segurado um boot jack de madeira (ferramenta que auxilia na remoção de botas) e jogado nela, errando por pouco a cabeça.