Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 8 de abril de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O bilionário lobby das distribuidoras de energia (empresas que emitem a conta de luz) tenta acabar com as regras definidas pela Aneel, agência reguladora, destinadas a estimular a utilização da energia solar no Brasil, inclusive residencial. As distribuidoras nunca se conformaram com a criação de facilidades para consumidores instalarem painéis de energia fotovoltaica. Geram energia, reduzem o valor da conta de luz em até 90%, e ainda permitem a independência em relação às distribuidoras.
Que vergonha
Em razão do poder financeiro, as distribuidoras se associaram a ONGs, até de “defesa do consumidor”, para pressionar pelo fim da energia solar.
Pegadinha da Aneel
O lobby prejudica milhares de pessoas, empresas, prefeituras, governos, tribunais de Contas e até o STJ, todos atraídos por resoluções da Aneel.
Ali, eles mandam
As distribuidoras exercem forte influência nas decisões da Aneel, como revelaram operações recentes da Polícia Federal.
Taxação abusiva
A tentativa é acabar com a chamada “geração distribuída”, taxando abusivamente postes e cabos que levam energia aos consumidores.
TCU investiga o fim dos hospitais de campanha
Colapso do sistema de saúde da maioria dos Estados e municípios levou o Tribunal de Contas da União a determinar que a Secretaria-Geral de Controle Externo realize uma ação específica sobre a situação. O TCU quer averiguar causas e responsabilidades de governadores e prefeitos pela desmobilização dos hospitais de campanha para atender pacientes com covid e que seriam fundamentais para salvar vidas neste momento.
Ação expandida
A decisão deu prazo de 15 dias para apresentação dos resultados e foi tomada no processo que investiga não cessão de leitos militares ao SUS.
Agilidade
Em março, o governo do DF anunciou abertura de três novos hospitais de campanha, que terão 300 leitos de UTI para pacientes com covid-19.
Esperava-se mais
Também em março, o governo paulista anunciou 11 novos hospitais de campanha, mas serão menos leitos 140 de UTI e 140 de enfermaria.
Correndo atrás
Depois de bater o recorde com 1,2 milhão de doses na terça, o Brasil aplicou mais 700 mil, segundo dados atualizados às 18h48 pelo vacinabrasil.org. Foram cerca de dois milhões de doses em dois dias.
No grito não vale
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) agora quer pautar a agenda da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, insistindo para que a antiga cúpula militar deponha sobre a própria substituição. Eles não podem ser convocados e avisaram que não aceitariam qualquer convite.
Para somar
Segundo o projeto aprovado pela Câmara, as vacinas compradas por empresas poderão ser aplicadas em todos os trabalhadores, incluindo estagiários, autônomos e contratados temporários ou terceirizados.
Agora vai
As empresas podem comprar vacinas sem esperar pela lentidão da Anvisa. Se a vacina já tem autorização de agência reguladora e seus estudos publicados em revista científica, poderá ser importada.
DF fez melhor
O governo federal faturou R$ 3,3 bilhões com a venda de 22 aeroportos. É um ótimo começo, mas o governo do Distrito Federal fez melhor, garantindo R$ 2,5 bilhões somente com a venda da CEB Distribuidora.
Lá e cá
A falta de vacinas afeta a vasta maioria dos países, como a Turquia, surpreendida pelo não cumprimento da entrega de doses pela China. Lá, a culpa é da escassez, aqui isso é classificado como “desorganização”.
Mudou para melhor
Pouco mais de um mês depois da privatização, consumidores de Brasília já sentem a mudança na CEB. Equipes têm sido vistas nas ruas fazendo manutenção preventiva e instalando novos dispositivos na rede elétrica.
Necessário
O presidente Bolsonaro e o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) entregaram a obra de ampliação da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu, por onde passam mais de 810 mil passageiros por ano.
Pensando bem…
… o sucesso do leilão de 22 aeroportos revelou o lado Tarcísio Freitas do ministro da Infraestrutura.
PODER SEM PUDOR
Água enferruja
O presidente Jânio Quadros nunca xingou jornalistas que falavam do seu pendor pelo copo, até porque não o escondia. Certa vez, em campanha para prefeito de São Paulo, aceitou convite de uma eleitora para almoçar. Com a carne assada no ponto, a anfitriã perguntou, gentil: “O senhor toma um copo d’água?”
– Água, minha senhora – respondeu Jânio – é para radiador de automóvel.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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