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Brasil Lojistas menores de shoppings temem fechar por causa da alta do aluguel no Brasil

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As vendas das lojas satélites no Dia dos Pais subiram menos de 10% em 2022 ante 2021, segundo a Ablos.

Foto: Agência Brasil
A nova regra entraria em vigor nesta quinta-feira, 1º de agosto. (Foto: Agência Brasil)

A despeito da recuperação gradual das vendas nos shoppings, os varejistas de menor porte têm enfrentado desgaste crescente com os donos dos empreendimentos na renovação dos aluguéis. Os casos têm ido parar na Justiça e, na pior das situações, provocado fechamento de lojas.

O presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Mauro Francis, diz que a renovação dos contratos de locação se baseia no IGP-M, cujo avanço ficou bem acima da inflação média do País, medida pelo IPCA. Enquanto o IGP-M marcou alta de 17,78% em 2021 e 23,14% em 2020, o IPCA ficou em 10,06% e 4,52% nos mesmos períodos, respectivamente.

Mesmo com o repasse nos aumentos de custos para os preços finais, Francis afirma que as vendas dos lojistas satélites não subiram na mesma proporção do IGP-M. Daí a briga na renovação dos contratos, com uma explosão de processos ao longo dos últimos meses, segundo ele.

Decisões judiciais

Os lojistas, no entanto, não têm tido êxito nos processos na primeira instância porque as decisões judiciais baseiam-se no índice previsto em contrato. A consequência será o fechamento dessas lojas, diz Francis. Ele é sócio da rede de roupas de festa Marília Marques, que somava 24 lojas antes da pandemia. Hoje restam 7. O caso mais simbólico do setor é da TNG, que fechou mais de 100 unidades e entrou em recuperação judicial.

A Ablos reúne empresas como Lacoste, Havaianas, Casa das Cuecas, Sidewalk, Planet Girls, Le Briju, TipTop, entre outras que ocupam, individualmente, espaços menores dentro dos shoppings, embora tenham papel importante na diversificação do mix de produtos e serviços. Há redes com desempenho mais forte de vendas, enquanto outras ainda não conseguiram se recuperar.

Vendas subiram menos

As vendas das lojas satélites no Dia dos Pais subiram menos de 10% em 2022 ante 2021, segundo a Ablos. Já no Dia das Mães, houve alta mais robusta, de 36%. A associação afirma que a base de comparação é fraca (uma vez que o movimento em 2021 ainda estava muito abaixo do normal), e que os custos das mercadorias dispararam. Portanto, não teria havido um ganho real, de fato.

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